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A safra de milho brasileira deverá registrar novo recorde em 2021. De acordo com a última estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Brasil deverá colher 105 milhões de toneladas do grão em 2021, um crescimento de 2,9% em relação ao período anterior.
A estiagem provocada pelo fenômeno climático La Niña causou problemas na semeadura de verão. O milho de primeira safra neste ano deverá ter redução de 0,8% na área cultivada, uma queda de produtividade de 8%, com colheita prevista de 23,6 milhões de toneladas — redução de 7,2% em comparação a 2020.
Apesar disso, a estimativa da Conab para a safrinha aponta um aumento de produtividade de 2,2% e crescimento da área plantada de 4,4% entre 2020 e 2021. Dessa forma, a segunda colheita do ano deve atingir 80 milhões de toneladas – uma alta de 6,7%, sendo a principal responsável pelo recorde de produção do cereal.
Melhoria de estimativa da safra
A análise da Conab realizada em fevereiro aponta uma melhoria para a estimativa da próxima colheita de milho em comparação ao quarto levantamento da safra, realizado em janeiro. Antes, o órgão previa uma colheita de 102,3 milhões de toneladas do grão em 2021, queda de quase 2% em relação a 2020. Em um mês, a Conab elevou em mais de 3 milhões de toneladas a sua estimativa.
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Qual será a principal influência no clima em 2021?
O ajuste foi realizado pelas melhores perspectivas climáticas. Após o atraso do início das precipitações e de temporais irregulares no fim do ano passado, o ciclo 2020/21 teve melhoria do quadro a partir de janeiro, à medida que ocorria a regularização das chuvas com uma melhor distribuição nas regiões produtoras. A tendência também foi registrada em estimativas realizadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e pela consultoria Safras & Mercado.
Mercado do milho em 2021
Os altos patamares do preço do milho no mercado nacional observados no ano passado devem continuar em 2021. Isso porque, apesar da produção recorde, o estoque deve continuar no menor nível das últimas cinco safras, dado o aumento da demanda nos mercados interno e externo.
O consumo nacional deverá alcançar 71,8 milhões de toneladas, enquanto 35 milhões de toneladas deverão ser exportadas. Além disso, dificilmente o dólar se manterá abaixo de R$ 5, mantendo a competitividade do produto brasileiro no mercado global.
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Fonte: Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Agência de Notícias IBGE.