Além da tendência de queda na B3, Chicago também iniciou a semana com milho futuro desvalorizado
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Na primeira semana de agosto, a Bolsa de Valores brasileira (B3) registrou uma tendência de queda para os preços futuros do milho. Essa desvalorização foi impulsionada pelo aumento na oferta, devido ao avanço da colheita do milho safrinha em diversas regiões do País.
Mesmo diante das quedas, a expectativa do setor era de que os preços recuperassem a estabilidade por conta dos prejuízos da safra com o clima adverso e com a infestação de cigarrinhas (que impactou significativamente a produtividade nas lavouras brasileiras na segunda safra).
Até então, as cotações na Bolsa de Chicago estavam avançando e mantendo uma tendência de alta, o que favorecia a exportação. No entanto, o aumento dos casos da covid-19 e da pressão da variante delta já começaram a afetar o valor das commodities e a relação de compra do mercado internacional, fazendo com que a semana (09/08) se inicie, mais uma vez, em queda para o milho.
A segunda semana de agosto iniciou em queda para o milho. Durante a manhã, os preços futuros para o cereal eram de R$ 97,25 para setembro/21 e R$ 97,90 para novembro/21, representando uma queda de 0,41% e 0,38%, respectivamente. Para janeiro/22, a queda registrada foi de 0,54%.
Essa tendência de queda já era presente na primeira semana do mês, que teve uma desvalorização acumulada de 1,04% e 1,48% nos principais contratos. De acordo com especialistas do setor, a baixa oferta de milho deve se manter até a safrinha de 2022, o que ajudará a equilibrar as cotações na Bolsa brasileira.
Em direção oposta à B3, a Bolsa de Chicago vinha seguindo uma tendência de preços altos para o milho. No entanto, o avanço da variante delta e o aumento dos casos da covid-19 em regiões onde o mercado já estava se recuperando impulsionaram as cotações.
Com isso, o milho iniciou a semana (09/08) em queda, com o vencimento de setembro/21 cotado a US$ 5,51 (baixa de 3,25 pontos), de dezembro/21 a US$ 5,53 (baixa de 3,00 pontos), e de março/22 a US$ 5,61 (baixa de 3,00 pontos).
Segundo informações do mercado internacional de milho, essa queda é decorrente da expectativa de que as restrições voltem a ser necessárias em diversos países, causando a retração na demanda do cereal. Em contrapartida, o clima causou perdas nas lavouras de milho em níveis globais, o que pode ajudar a trazer mais estabilidade para as cotações.