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Milho: clima provoca perda produtiva nas lavouras

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O preço do milho disparou por 13 dias consecutivos nas duas primeiras semanas de outubro, alcançando a marca de R$ 70,72 por saca de 60 kg do grão. Os dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) demonstram que a cotação do produto em Campinas (SP) obteve alta de 11,14% em comparação com o mês anterior.

Entre as razões que acarretaram o grande aumento de preços estão: as constantes altas do dólar, a baixa disponibilidade do produto no mercado e o receio dos produtores rurais em relação à possibilidade de perda do potencial produtivo nas lavouras por conta das condições climáticas atuais.

Expectativas para as safras

Safras de milho no Sul do Brasil tem sido comprometidas pela estiagem e tempo seco na região. (Fonte: Shutterstock)

Até o dia 15 de outubro a área das safras de milho plantada passou de 39% para 44%, conforme as informações da consultoria AgRural. Entretanto, a região Sul do Brasil, uma das principais cultivadoras do grão, ligou o estado de alerta para uma possível perda de potencial produtivo para os próximos meses.

Nos estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, os produtores acreditam que o tempo seco causado pela estiagem na região, que afetou as lavouras, deve provocar danos ainda maiores nas áreas semeadas no início do segundo semestre de 2020.

Segundo a estimativa feita pelo levantamento da Safras & Mercado no início do ano, o plantio de milho verão 2020/2021 deve alcançar o número de 3,8 milhões de hectares. Vale ressaltar que o milho é a segunda maior cultura na produção agrícola do Brasil, perdendo em área de plantio apenas para a soja.

Influência da alta do dólar

Constante alta do dólar frente ao real gerou aumento generalizado de preços de produtos agrícolas. (Fonte: Shutterstock)

Os aumentos em sequência da moeda americana frente ao real têm gerado certa preocupação dentro do mercado interno brasileiro. Isso porque, como o milho é um grão de grande potencial de exportação, a escassez do produto em território brasileiro acarreta um aumento de preços significativo para o consumidor nacional.

Entre janeiro e agosto de 2020, o dólar sofreu alta de 28,4% em comparação com a moeda brasileira, o que causou um crescimento de preços de praticamente todos os produtos agropecuários no mercado doméstico, segundo a análise da COGO Inteligência em Agronegócio.

A tendência é que, caso se concretize a perda de potencial produtivo para a próxima safra, as cifras continuem subindo e ultrapassem a marca atual de R$ 70,72 por saca de 60 kg.

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Fonte: Canal Rural, Revista Globo Rural, Canal Rural, MF Rural, Notícias Agrícolas.

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