Falta de mão de obra qualificada é desafio para o agronegócio

25 de outubro de 2019 3 mins. de leitura
Mão de obra sem qualificação é o freio do desenvolvimento do agronegócio

O Brasil vem sofrendo com o desemprego, estando nos últimos anos com essa taxa sempre elevada. Do outro lado da moeda há empregadores sofrendo com a falta de qualificação dos trabalhadores, sendo o setor de agronegócio um dos responsáveis por movimentar a economia brasileira e o maior prejudicado com a grande dificuldade de encontrar mão de obra especializada.

O País é uma potência no agronegócio e para que continue crescendo necessita de uma ampla implementação tecnológica em seus negócios para que a produção aumente. Contudo, muitos produtores têm tido na falta especialistas um grande freio para que as novas técnicas cheguem ao campo.

O Estado do Mato Grosso é o maior produtor brasileiro de soja, tendo finalizado a safra 2018/2019 com 32,455 milhões de toneladas, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Na região, existe hoje um aumento da utilização da agricultura digital e de precisão, tudo para acompanhar as mudanças e concorrer com o mercado internacional, que tem crescido na utilização de novas tecnologias voltadas para a alta performance na produção.

(Fonte: Shutterstock)

Porém, essa atualização de técnicas não tem sido acompanhada pela capacitação dos trabalhadores do campo. Muitos produtores têm tido dificuldade em implantar novos mecanismos tecnológicos, pois não há profissionais com formação técnica para lidar com as várias informações e inovações oferecidas pela agricultura digital.

Um exemplo disso é a falta de trabalhadores para manusear os veículos aéreos não tripulados (Vant), que hoje têm se tornado extremamente necessários para a agricultura de precisão, como no uso de drones para captura de imagens ou pulverização controlada. Segundo informações do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Mato Grosso (Senar-MT), a estimativa é que 25% do que é faturado no mercado mundial com o comércio de Vants seja proveniente da agricultura.

A falta de conhecimento para lidar com toda essa aparelhagem e saber ler os dados gerados pelos equipamentos é um dos grandes desafios a serem vencidos, por isso o Senar-MT tem ministrado capacitações para tentar diminuir esse deficit educacional nos temas técnicos relacionados ao meio rural. A meta é fazer com que o trabalhador do campo possa entender as mudanças, aprendê-las e evoluir acompanhando as inovações tecnológicas.

(Fonte: Shutterstock)

Parte dessa falta de mão de obra é derivada da infraestrutura ruim, que impede as pessoas de permanecerem no campo ou afasta da cidade aquelas que poderiam ter interesse em viver na zona rural. É preciso que haja mais segurança para o trabalhador do campo, onde ele tenha perspectiva de crescimento e mais qualidade de vida.

É imprescindível que haja melhora no cuidado com o agricultor, abrindo a possibilidade de ele desenvolver a carreira e aumentar sua renda. Ter uma gestão eficiente elimina uma série de problemas que geralmente desgastam o funcionário e o desanimam; o caminho é entender o trabalhador do campo como alguém que precisa crescer e se desenvolver.

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Fonte: Estadão, Sistema Famato, Serviço Nacional de Aprendizagem Rural.

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