Conheça o mais relevante evento sobre agronegócio do País
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) deu início nesta quinta-feira (4) ao leilão do 5G, quando devem ser conhecidas as 15 propostas feitas por empresas e consórcios. Na disputa, estão cinco operadoras de telefonia, Vivo, TIM, Claro, Algar Telecom e Sercomtel, além de dez companhias menores estreantes no setor.
A licitação deve movimentar R$ 50 bilhões e oferece quatro faixas de frequência de transmissão de dados pela nova tecnologia em lotes nacionais e regionais.
- 700 MHz: destinada inicialmente ao 4G, são ofertadas uma licença nacional para operação e três regionais.
- 2,3 GHz: destinada ao aumento da oferta da tecnologia 4G e vista como um complemento da faixa principal do 5G, são 16 licenças regionais disponíveis.
- 3,5 GHz: considerado o 5G “puro”, são oferecidas pelo menos 4 licenças regionais.
- 26 GHz: voltada para a banda larga fixa, o que permite aplicações de internet das coisas (IoT), que tem pelo menos dez licenças nacionais e seis regionais.
Leia também:
Agronegócio poderá ter 5G com rede privada
Conectividade na zona rural: impactos da chegada do 5G ao campo
Agronegócio 4.0: qual é o futuro da produção no campo?
Implantação do 5G
Ainda no primeiro semestre de 2022, a quinta geração de rede de internet móvel deve estar disponível em todas as capitais brasileiras e no Distrito Federal. Para as cidades com mais de 50 mil habitantes, o prazo para a chegada da tecnologia é 2028. Até julho de 2029, a velocidade de internet móvel 5G deverá chegar aos municípios com mais de 30 mil habitantes.
Além disso, as empresas devem oferecer outras contrapartidas, caso consigam a licença para operar lotes do leilão. Entre elas, está a instalação de redes 4G em todo o território nacional, inclusive em 27 mil quilômetros de estradas, e a obrigação de levar internet móvel de qualidade às escolas de educação básica.
Impacto no agronegócio
O impacto mais imediato no agronegócio não estará na implantação da tecnologia 5G em si, mas sim na oferta da conexão 4G. A velocidade da internet móvel de quarta geração, apesar de ser mais lenta do que a da última geração, permite uma conectividade adequada para máquinas e pessoas, devendo chegar ao campo antes do 5G.
Atualmente, apenas 11% da área rural no Brasil são cobertos por 4G. A conectividade está concentrada em áreas perto de cidades e grandes capitais, com maior disponibilidade em alguns estados, como Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. Porém, não alcança a maior parte das grandes áreas produtoras no Centro-Oeste e Matopiba, por exemplo.
A conexão com a internet, entre outras vantagens, pode reduzir gastos na aplicação de insumos, melhorando a produtividade. Em uma área de 1,5 mil hectares, apenas o uso de GPS no maquinário pode representar uma economia de R$ 266 mil por ano.
Fonte: Agência Brasil, Estadão.