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Na terça-feira (9), a Petrobras aplicou um aumento nos preços de três combustíveis comercializados pela companhia. De acordo com a empresa, o litro da gasolina nas refinarias subiu R$ 0,17, elevando a média para R$ 2,24. Esse foi o quinto reajuste somente em 2021 e representa um aumento de 8,2%.
Por sua vez, o valor do diesel foi incrementado em R$ 0,13 por litro (indo para R$ 2,24, aumento de 6,2%), e o gás de cozinha não ficou de fora: registrou R$ 0,14 a mais por quilo, chegando a R$ 2,77, um reajuste de 5,1%.
Ainda segundo a estatal, os valores praticados “têm como referência os preços de paridade de importação e, dessa maneira, acompanham as variações do valor dos produtos no mercado internacional e da taxa de câmbio, para cima e para baixo” e, por isso, acompanha o cenário para, ainda de acordo com a empresa, “competir de forma eficiente no mercado brasileiro” com seus “concorrentes, principalmente os importadores, cujos preços podem variar diariamente”.
Tributos federais e estaduais, custos para aquisição e mistura obrigatória de biocombustíveis pelas distribuidoras, as margens das companhias distribuidoras e dos revendedores de combustíveis devem impactar ainda mais o preço para o consumidor final.
“Nossa parcela é a primeira, referente ao preço do combustível em nossas refinarias. A carga tributária responde por parte relevante do preço final”, de acordo com a Petrobras em material publicado em site oficial. “O valor do combustível nas nossas refinarias e terminais é muito inferior ao pago pelo consumidor final. Somente uma parte do preço é da Petrobras”, segundo a estatal.
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Gasolina deve subir ainda mais
A valorização do barril de petróleo no mercado internacional desde o segundo semestre do ano passado seria um dos motivos que levaram a Petrobras a aplicar as alterações. Neste mês, o preço do óleo deve bater a média de US$ 59, sugerindo que os aumentos não parem por aqui.
No agronegócio, os contratos futuros das commodities agrícolas são diretamente afetados pelas alterações do petróleo, já que o mercado internacional acompanha as operações domésticas de regiões produtoras de commodities estratégicas, como soja, milho, bovinos, aves e suínos, a exemplo do Brasil.
Por fim, o governo federal estuda enviar ao Congresso um projeto de lei que muda a taxação dos estados sobre os combustíveis, implementando um valor fixo de ICMS ou a incidência do imposto estadual no preço dos produtos vendidos nas refinarias. Isso seria ideal para o agronegócio, dependendo da execução, de acordo com o sócio da MBAgro Consultoria, José Carlos Hausknecht, pois puxaria o preço do etanol. “Quem vai definir esse porcentual ou esse valor fixo serão as respectivas assembleias legislativas”, defendeu o presidente Jair Bolsonaro.
O Comitê Nacional de Secretários de Fazenda dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz), por meio de nota, isentou o papel dos estados nos valores praticados, indicando que “são fruto da alteração da política de gerência de preços por parte da Petrobras, que prevê reajustes baseados na paridade do mercado internacional, repassando ao preço dos combustíveis toda a instabilidade do cenário externo do setor e dos mercados financeiros internacionais”.
A Petrobras se posiciona: “O preço cobrado no Brasil pela gasolina que sai da refinaria equipara-se aos preços de outros países que possuem mercados de derivados abertos e competitivos. As comparações pontuais podem ser prejudicadas pela velocidade com que as variações dos preços do petróleo no mercado internacional são repassadas aos preços domésticos”.
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Fonte: Petrobras, Estadão, ADVFN, Dinheiro Rural.