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Entenda a relação entre a produção de café e as chuvas de outubro

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Você já deve ter ouvido que o bater de asas de uma borboleta pode produzir mudanças do outro lado do mundo. A frase tem caráter poético, mas, no caso do agronegócio, parece ser verdadeira: basta a expectativa de chuva no Sudeste brasileiro para que o preço do café na Bolsa de Nova York oscile.

Isso ocorre porque a cultura do café depende de chuva para a maturação correta, e o último período foi marcado por seca e temperaturas elevadas. A ausência de água na medida ideal pode comprometer e atrasar o desenvolvimento da planta e, portanto, trazer perdas ao agronegócio. 

Seca pode atrasar o desenvolvimento da safra cafeeira. (Fonte: Shutterstock)

Mais do que um problema para os produtores, essa é uma questão que pode impactar a balança comercial brasileira de forma ampla: a expectativa da Companhia Nacional de Abastecimento é que a safra de café do país ultrapasse as 62 milhões de sacas. 

Outros países produtores de café, porém, podem ter ótimas safras em razão de um clima mais amistoso à cafeicultura, com temperaturas amenas e maior oferta de água. Assim como o Brasil passou por semanas de seca intensa, a produção nacional pode perder competitividade.

Essa é uma preocupação especial durante o período da pandemia porque cafeterias especializadas, que demandam grãos especiais dentro e fora do Brasil, estiveram fechados por razões sanitárias. Isso fez com que o produtor dependa especialmente do café comum. 

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Outro fator a ser considerado é que o preço do grão sofre o impacto da oscilação natural que o café apresenta: as safras da modalidade arábica se intercalam em ciclos bienais, em que um ano a produtividade é maior do que no outro. Em 2020, trata-se da alta na produção, o que pode causar o achatamento dos preços causados pela oferta abundante.

Tecnologia

A cafeicultura está entre os setores que mais consomem água na produção. (Fonte: Shutterstock)

Um olho no céu, outro na ciência: esse é o lema de cafeicultores que precisam criar soluções diante da estiagem e diminuir o estresse hídrico das plantas, que pode comprometer o ciclo de vida dos pés e a qualidade do grão.

Um exemplo de inovação que otimiza o uso de água nessa cultura é o Sistema para Limpeza de Águas Residuárias (SLAR), que remove resíduos sólidos da água usada na irrigação e permite sua reintrodução no ciclo. A cada quatro litros de água usados, três podem ser reutilizados.

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Além da economia financeira, essa tecnologia permite uma produção mais sustentável, que pode agregar valor na venda do produto.

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Fonte: Embrapa, Summit Agro, Shutterstock.

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