Emprego no campo é pouco afetado pela crise
13 de junho de 2020
•
4 mins. de leitura
Embora apresente leve queda, mercado de trabalho do agronegócio ainda não foi tão afetado pela pandemia quanto outros setores
Embora a pandemia de covid-19 gere impactos no agronegócio, esse tem sido um dos setores menos afetados da economia brasileira. De maneira geral, os reflexos acontecem muito mais na seara do comércio, com instabilidade nos preços, por exemplo, do que na produção. Dessa maneira, o mercado de trabalho no campo apresentou menos alterações do que outros setores da economia, que registraram elevados índices de demissões.
Segundo relatórios publicados em maio pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Universidade de São Paulo, houve pequena redução no número de pessoas empregadas no agronegócio. Eram 8,2 milhões de trabalhadores no trimestre móvel de janeiro a março de 2020, 1,9% a menos do que no mesmo período do ano passado e 1,24% a menos do que no ano anterior (de dezembro de 2019 a fevereiro de 2020).
Essa queda já sinaliza alguns possíveis efeitos da pandemia no agronegócio, mas não foge de uma variação considerada normal pelos modelos matemáticos do Cepea. A entidade explica que esses dados são referentes ao trimestre móvel encerrado em março — início da pandemia no Brasil —, de maneira que os próximos relatórios poderão traçar melhor os efeitos da covid-19 no mercado de trabalho no campo. As análises do órgão apontam que os estabelecimentos de menor porte tendem a ser os mais afetados.
Em vista dessas preocupações, o Cepea anunciou que seu boletim trimestral sobre o mercado de trabalho do agronegócio passará a ser mensal. Portanto, em junho, a entidade deverá apresentar análises detalhadas sobre o período móvel encerrado em abril.
126200cookie-checkEmprego no campo é pouco afetado pela crise