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O setor de hortifrúti enfrentou grandes dificuldades ao longo do ano passado, com fechamento de bares, restaurantes e feiras livres por conta da pandemia, além da influência climática do fenômeno La Niña. Os dois eventos continuarão influenciando o mercado de frutas e verduras em 2021, mas as expectativas para o setor são positivas, de acordo com avaliação do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
O principal motivo para a análise favorável no setor de hortifrúti é o aumento da procura por alimentos saudáveis. O relatório anual da Innova Market Insights, Top Ten Trends for 2021, aponta que a alimentação à base de plantas está no topo das tendências para este ano. Além disso, a Organização das Nações Unidas (ONU) declarou 2021 como o “ano internacional das frutas e vegetais”.
O preço de frutas e verduras está alto e bom, segundo o Cepea. Por esse motivo, deve haver uma retomada de investimentos na área. Confira qual é a expectativa para cada produto do setor de hortifrúti.
Alface
A seca no final de 2020 dificultou o plantio, o que pode reduzir a disponibilidade da safra de verão 2020/21. Porém, existe a perspectiva de retomada de parte da área e do consumo com a volta da abertura de restaurantes e escolas.
Banana
Os problemas climáticos e o aumento de custos limitaram a rentabilidade dos bananais no ano passado. Para 2021, a recuperação do setor depende da retomada econômica e do clima favorável.
Batata
A indústria de pré-fritas deve impulsionar em 4,3% a área total da batata. Os preços médios devem continuar acima dos custos de produção no primeiro semestre. Na segunda metade do ano, o aumento no cultivo pode pressionar as cotações.
Cenoura
A área e a rentabilidade em 2021 devem ficar semelhantes ao ano passado, mas depende da decisão de plantio dos produtores. As cotações devem se manter acima dos custos de produção ao longo de 2021.
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Setores do agronegócio brasileiro
Citros
A safra 2021/22 deve ser pequena, especialmente pela seca e pelo calor em São Paulo no segundo semestre do ano passado, que limitou a abertura e o pegamento das floradas. Com a demanda industrial forte, os estoques devem cair e o preço subir.
Maçã
As incertezas provocadas pela pandemia e pela La Niña devem restringir os investimentos, que provavelmente vão se concentrar na renovação dos pomares, na implantação de telas antigranizo e na irrigação.
Mamão
As cotações devem ser sustentadas devido ao volume controlado em 2021, uma vez que os produtores de mamão estão receosos diante das incertezas.
Manga
O clima deve atrapalhar os pomares em florada e frutos em desenvolvimento, mas a área plantada deve seguir aumentando. As perspectivas de exportações e a demanda interna continuam em crescimento.
Melancia
Diante dos bons resultados de 2020, espera-se uma recuperação das áreas plantadas, principalmente em Goiás e Tocantins. Já São Paulo e Rio Grande do Sul devem ter redução de lavouras.
Melão
A abertura do mercado chinês pode impulsionar a abertura de novas lavouras no Rio Grande do Norte e no Ceará. No Vale do São Francisco, a área de produção deve ficar estável.
Tomate
A área total pode ser parcialmente recuperada em 4,5% ao longo de 2021, puxada pelo plantio direcionado para a indústria, enquanto o mercado de mesa deve ter ligeira queda, próxima da estabilidade.
Uva
O volume de produção deve aumentar devido ao clima favorável no Sul e Sudeste, bem como novo aumento de área no Vale do São Francisco.
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Fonte: Organização das Nações Unidas (ONU), HfBrasil.