Acordo fechado entre o Canadá e o bloco sul-americano traz uma série de oportunidades para produtores brasileiros que desejam exportar
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O Canadá possui uma ótima reputação no comércio internacional, afinal o país é conhecido por firmar acordos amplos e estar aberto aos produtos de seus pares sem grandes barreiras comerciais. Essa característica, somada a um dos maiores poderes de compra per capita, faz do Canadá um ótimo mercado entre aqueles que o Brasil vem abrindo ou estreitando laços.
Por isso, um acordo prestes a ser fechado entre o bloco econômico Mercosul e o país norte-americano está entre as boas notícias desse período de desafios e de oportunidades para a agropecuária brasileira. Isso é o que revela a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), que desenvolveu um estudo ponderando as potencialidades e também os temas mais sensíveis entre as possíveis trocas comerciais que derivam do documento.
Segundo o estudo da CNA, o acordo tem o potencial de gerar um comércio adicional de quase US$ 8 bilhões para a agroindústria brasileira. Isso significaria uma expansão das fronteiras comerciais do Mercosul, sobretudo considerando a exportação de alimentos, bebidas e bens agropecuários.
Em 2019, o comércio entre o Brasil e o Canadá movimentou mais de US$ 5 bilhões, sendo o nono principal destino das exportações brasileiras. Essa aliança foi fundamental para o Brasil, que teve a maior receita dos últimos 20 anos com exportação para esse país.
As principais exportações brasileiras ao Canadá em 2019 estiveram concentradas em cinco setores: complexo sucroalcooleiro, café, produtos florestais, carnes e frutas.
Em relação às importações, o principal produto foi o cloreto de potássio, usado no Brasil como fertilizante.
Há também uma série de produtos que têm um potencial de crescimento importante. Os principais são as carnes, os cereais, as farinhas e as preparações, as frutas, os sucos, as hortaliças e o complexo de soja.
Apesar do cenário favorável, a CNA entende que se deve ter cuidado em relação a cereais, feijão e pescados. Esses itens devem ter uma agenda mais defensiva por parte do Canadá, que tem uma postura protecionista em relação a esses itens. Em outros acordos, os canadenses apresentaram um comportamento semelhante em relação a ovos, aves e lácteos, por exemplo.
Por isso, negociar uma agenda que favoreça ambos os países e permita equacionar esses pontos mais sensíveis é fundamental, sobretudo em se tratando de um parceiro estável e com uma moeda interessante ao produtor brasileiro que deseja exportar.
O Mercosul está entre os blocos supranacionais mais importantes do mundo. Além de ser composto de países que apresentam economias emergentes — Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai —, tem como países associados Chile, Bolívia, Peru, Colômbia e Equador.
A sigla se refere a Mercado Comum do Sul, que tem o status de organização intergovernamental. Foi criado a partir do Tratado de Assunção de 1991, o qual estabelece a integração econômica que permite o livre-comércio intrazona e política comercial comum.
Por isso, além de estimular o mercado entre esses países, o bloco permite criar parcerias unitárias em relação a parceiros externos. As nove nações envolvidas pelo Mercosul produzem itens essenciais para o abastecimento de diversos países em todo o planeta.
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Fonte: CNA Brasil.