Como se proteger de ciclones que afetam o Sul do Brasil?
Os ciclones têm gerado impactos significativos na Região Sul do Brasil nos últimos meses, deixando produtores agrícolas em estado de alerta. Esses fenômenos climáticos de grande magnitude já causaram prejuízos consideráveis para lavouras de milho e trigo, além de perdas para a pecuária, inclusive animais mortos.
As mudanças no clima global criaram condições para a maior ocorrência de ciclones e também pelo aumento da intensidade do fenômeno climático. Um estudo publicado na revista científica Science Advances prevê que a ocorrência de ciclones no mundo vai dobrar até 2050 e a velocidade dos ventos deve aumentar em cerca de 20%.
Em junho, um ciclone extratropical que atingiu 62 municípios no Rio Grande do Sul causou perdas calculadas em R$ 149 milhões na agropecuária, de acordo com o boletim da Emater/RS-Ascar. Mais de 1,5 mil produtores rurais foram atingidos com estragos em infraestruturas, como galpões, silos, estufas, açudes, aviários e pocilgas.
O que são ciclones?
Os ciclones são sistemas atmosféricos de baixa pressão que se formam fora dos trópicos, caracterizados por deslocamentos violentos de massas de ar, movendo-se de áreas de alta pressão para áreas de baixa pressão. A interação entre diferentes massas de ar, frequentemente associada a frentes frias, resulta na formação desses ciclones.
No Sul do Brasil, a conjunção de fatores climáticos, como a presença de uma área de baixa pressão nos níveis médios e altos da atmosfera, potencializa a formação de ciclones extratropicais. Além disso, as características geográficas da região, com a proximidade do oceano, contribuem para a intensificação desses fenômenos.
Prejuízos causados pelos ciclones
Os recentes ciclones no Sul trouxeram chuvas intensas, ventos fortes e, em alguns casos, granizo, causando danos consideráveis aos cultivos agrícolas. A velocidade do vento e a quantidade de chuva podem causar tombamento de plantas, derrubada de árvores, alagamentos e erosões do solo.
Além disso, as tempestades de granizo que acompanham parte desses fenômenos climáticos representam uma ameaça direta às frutas sensíveis, causando prejuízos substanciais aos produtores fruticultores.
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Como se proteger dos ciclones na agropecuária?
A compreensão dos fatores de formação desses fenômenos, associada à adoção de estratégias de proteção e prevenção, é essencial para minimizar os impactos negativos nos cultivos agrícolas. A colaboração entre agricultores, órgãos governamentais e instituições meteorológicas é fundamental para enfrentar os desafios e garantir a segurança e sustentabilidade das atividades agrícolas.
Para minimizar os prejuízos causados por ciclones e tempestades, os agricultores podem adotar medidas preventivas e estratégias de proteção:
- Monitoramento meteorológico — acompanhar as previsões meteorológicas é crucial para estar preparado para a ocorrência de ciclones. Essa antecipação permite que os agricultores tomem medidas preventivas antes da tempestade chegar.
- Manutenção estrutural — as estruturas das propriedades agrícolas, como galpões e armazéns, devem ser regularmente inspecionadas e reforçadas para resistir a ventos fortes.
- Drenagem adequada — implementar sistemas de drenagem eficientes ajuda a evitar alagamentos e erosões, protegendo o solo e as plantações.
- Coberturas de proteção — usar coberturas temporárias, como telas e lonas, pode proteger as plantas do impacto direto do granizo e minimizar danos.
- Uso de quebra-ventos — o plantio de quebra-ventos, como arbustos ou árvores, pode reduzir a velocidade do vento e proteger as plantações.
- Escolha de cultivos resistentes — optar por cultivos mais resistentes a condições climáticas adversas, como variedades de plantas de ciclo curto, pode minimizar os riscos de perdas.
- Proteção de frutas sensíveis — para produtores de frutas, a utilização de redes de proteção pode ser uma estratégia eficaz para evitar danos causados pelo granizo.
- Armazenamento seguro — armazenar equipamentos e insumos agrícolas em locais seguros e protegidos pode prevenir danos durante as tempestades.
Fontes: Money Times, Defesa Civil de Santa Catarina, Science Advances, Correio do Povo
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