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Como fica a previsão do tempo para junho?

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Junho deve começar com uma nova massa de ar fria chegando ao Brasil pelo Sul. Ao contrário da última, que derrubou as temperaturas em 17 Estados e no Distrito Federal, esta deve se concentrar na Região Sul. Isso acontece porque a massa de ar seco na região central, que tradicionalmente cobre o País no período da estiagem do outono, impede que a massa fria avance pelo Brasil.

Chuvas concentradas no Sul e no Nordeste

Com a pressão entre o ar seco e a massa fria, os Estados do Sul vão sofrer com altas taxas de precipitação, algumas cidades podem receber em dez dias o equivalente a dois meses de chuva. As chuvas em excesso devem ocorrer na região norte do Rio Grande do Sul, no litoral sul de Santa Catarina, bem como no norte e no leste do Paraná.

As chuvas devem chegar ao Centro-Oeste no início de junho, principalmente a Mato Grosso do Sul e Goiás e em partes a São Paulo, porém, a intensidade deve ser fraca e insuficiente para aliviar a forte estiagem que abate a região. As estiagens também devem continuar afetando a produção agrícola de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e oeste da Bahia.

Fortes chuvas no Sul podem atrapalhar o desenvolvimento e a colheita de culturas. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)

No Nordeste do País, as altas chuvas que causaram cenas trágicas na região do Grande Recife devem continuar nos primeiros dias do mês. Além de Pernambuco, Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte e Sergipe estão sob efeito de um fenômeno chamado Distúrbio Ondulatório Leste, que se somou ao período de chuvas na região. Esse fenômeno é causado por perturbações no campo de vento e pela pressão na faixa tropical do globo, fazendo que ventos vindos do continente africano passem pelo oceano e formem nuvens de chuva no litoral Nordeste do Brasil. Com isso, o acumulado de chuvas no trimestre de junho a agosto deve ficar acima da média histórica.

Frio moderado para junho

O fenômeno La Niña, que continua atuando e deve se fazer presente pelo menos até o fim do ano, deve contribuir para que este inverno tenha mais ondas de frio. Em junho, a previsão do tempo é de duas ondas de frio de intensidade moderada devam atingir o País, nos dias 10 e 20. Essas ondas, porém, devem ser menos intensas do que a de meados de maio e as do ano passado; então, menos pontos do País devem ver a ocorrência de geadas, a área mais suscetível ao fenômeno é a região da Campanha Gaúcha.

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Previsão do tempo para o inverno

Com o fenômeno La Niña agindo de forma menos intensa, o inverno deste ano deve ficar dentro da normalidade, diferentemente do de 2021, a previsão é que as entradas de ar polar não causem geadas.

Para a região central, na faixa de Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais e Tocantins, a previsão do tempo é majoritariamente seca ao longo do inverno. A expectativa é que o frio não seja tão intenso quanto no ano anterior, e os dias com menor temperatura devem se concentrar no mês de junho. Os meses de julho e agosto provavelmente terão temperaturas mais equilibradas em todo o País.

Culturas de inverno, como a aveia, devem ser beneficiadas com o tempo seco. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)

O frio mais intenso no início do inverno pode afetar a produção de milho no Paraná, em Mato Grosso do Sul e São Paulo, onde os grãos foram plantados tardiamente devido à estiagem. O tempo seco pode ajudar no desenvolvimento das culturas de inverno como trigo, cevada e aveia.

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Fonte: Metsul, Inmet

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