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QU Dongyu, diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), disse na Terceira Reunião Hemisférica de Ministros e Secretários da Agricultura das Américas, realizada no dia 19, que a América Latina e o Caribe são os pilares da segurança alimentar mundial, segundo informações publicadas no site da FAO.
O elogio do diretor-geral foi feito devido à resiliência na produção e na exportação de alimentos da região durante a pandemia da covid-19. Mesmo com o aumento dos níveis de desemprego e a queda das importações agrícolas, as exportações do setor aumentaram nesse período.
A América Latina e o Caribe são umas das principais regiões produtoras e exportadoras de alimentos do mundo — cerca de 14% de toda a produção mundial e 45% do comércio agroalimentar internacional. Para a FAO, a produção de recursos suficientes, seguros e nutritivos fazem parte da segurança alimentar.
Atualmente, a produção de alimentos na região poderia suprir toda a população latina e caribenha — o que só não ocorre devido à dificuldade que milhões de pessoas encontram para acessar esses alimentos.
A produção agrícola da região é uma referência mundial, sendo a única que conseguiu atingir, em 2015, a meta fixada pelos Objetivos de Desenvolvimento para o Milênio (ODM) de reduzir pela metade a porcentagem de pessoas que sofriam com a fome na época. Em conjunto, a América Latina e o Caribe foram além, reduzindo o número em 60%.
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Pandemia coloca a segurança alimentar em alerta
A América Latina e o Caribe têm sido fortemente afetados pela pandemia. A alta dos preços dos alimentos reduziu o poder de compra de diversas famílias, afetando a quantidade e a qualidade das compras.
Segundo a FAO, os mais pobres e vulneráveis são os que mais sofrem com o aumento dos valores, visto que cerca de 60% a 70% da renda é destinada para a alimentação.
Segurança alimentar e sistemas agroalimentares
A Terceira Reunião Hemisférica foi realizada pela FAO em conjunto com o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA). Reuniram-se 30 ministros de nações da América Latina, América do Norte e Caribe.
Os participantes explicaram as ações desenvolvidas pelos países para sustentar a produção de alimentos no mundo e discutiram ações a longo prazo.
Segundo o diretor-geral, agora as nações precisam trabalhar em conjunto para a transformação dos sistemas agroalimentares, visando à alimentação de 10 bilhões de pessoas até 2050.
Para QU, essa transformação irá exigir uma maior eficiência hídrica, regeneração do solo, menos gases de efeito estufa, preservação de florestas tropicais e biodiversidade, além de maior equidade para pequenos proprietários, povos indígenas e jovens mulheres rurais.
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Fonte: FAO, Notícias Agrícolas, IICA.