Problema preocupa produtores e autoridades do setor agrícola
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Entre os meses de julho e agosto, autoridades do setor agropecuário redobram a atenção sobre possíveis queimadas em todo o Brasil, pois, com o tempo seco que se acentua nesse período, há grandes riscos de incêndios — e esse problema pode fugir do controle do produtor.
Esse tipo de fenômeno, além de comprometer a vegetação nativa, chega a acarretar a perda direta de extensas áreas de lavouras, pastos e produtos armazenados nas fazendas. A fertilidade do solo também tende a ser degradada nesse processo, reduzindo a capacidade de produção a longo prazo.
Outro ponto a ser mencionado diz respeito à saúde da população: incêndios no campo podem atingir proporções tão imensas que são capazes de aumentar o índice de doenças respiratórias — o que, neste momento de pandemia, deve ser evitado com ainda mais afinco.
Incêndios no campo tendem a surgir acidentalmente. Conforme é explicado em um documento do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Distrito Federal (Ibram), fogueiras, balões, fagulhas de máquinas e de grandes veículos ou o rompimento de cabos de eletricidade podem gerar esse tipo de incidente.
Também há casos em que o fogo é usado como solução estratégica na atividade agrícola, por exemplo na queima da rebrota para pastagens ou o plantio. Porém, ele pode se mostrar nocivo também nessas situações, sobretudo em um período do ano em que raramente chove.
Foi pensando em reduzir o problema que, em julho deste ano, o Governo Federal publicou no Diário Oficial da União um decreto proibindo o uso do fogo, por 120 dias, em áreas rurais de todo o Brasil.
Apenas as queimas consideradas imprescindíveis à realização de práticas agrícolas, como o controle fitossanitário, foram permitidas mediante comprovada autorização dos órgãos competentes.
Não é a primeira vez que o Governo toma medidas de controle e prevenção a incêndios no campo. No ano passado, o Estado proibiu as queimas durante 60 dias e, com isso, conseguiu reduzir os focos de incêndio em 16%.
Segundo o Ibram, o problema, que atinge os mais diversos biomas brasileiros (do cerrado ao pantanal), reduz a capacidade de retenção de umidade do solo; dificulta a penetração da água no chão quando a temporada de chuvas retorna; diminui a quantidade de minhocas, fungos, bactérias e vários bichos que melhoram a terra para as plantas crescerem saudáveis.
Cadeias de erosão, com desmoronamentos de terra e abertura de amplos buracos seguem-se nesse contexto, causando também o assoreamento dos córregos e rios.
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Fonte: Enfoque MS.