Castanha-japonesa gera renda para pequenos produtores do sul de Minas

7 de abril de 2020 3 mins. de leitura
Avanço científico ajuda na produção do alimento, que é tipicamente japonês; o preço do quilo pode chegar a R$ 40

Produto típico do clima frio japonês, a castanha-japonesa despontou como uma alternativa de renda para pequenos produtores, sobretudo aqueles que atuam no sul de Minas Gerais. Também conhecida como “castanha-kurí”, a castanha-japonesa começou a se destacar no mercado brasileiro e pode custar até R$ 40 o quilo.

Ainda que esse fruto faça sucesso no mercado local, são poucos os agricultores que o cultivam no Brasil. Isso, juntamente com o preço do quilo, torna a produção interessante para pequenos agricultores que desejam aumentar a renda. O atrativo dessa castanha está em seu sabor, similar ao da castanha-portuguesa, a mais conhecida pelos brasileiros. Assim como a portuguesa, a japonesa pode ser consumida de diversas formas: crua, assada ou cozida.

Produção de 50 toneladas

(Fonte: Unsplash)

O produto chegou ao Brasil há poucos anos pelas mãos do agricultor japonês Hisashi Amagai. Apesar de morar no país desde 1965, foi apenas recentemente que ele resolveu testar a cultura de castanha-japonesa em terreno brasileiro. Isso porque o clima quente da maior parte do Brasil não é propício para o cultivo desse tipo de castanha, já que o calor prejudica a qualidade do alimento.

A solução de Hisashi foi investir nessa cultura em um clima mais ameno, em regiões altas do sul de Minas Gerais. E o que começou como um teste, com menos de 40 mudas da castanheira, vingou e hoje se tornou a maior cultura de castanha-japonesa da região. Agora, são mais de 10 mil pés espalhados por 35 hectares de plantação, com a previsão de produzir 50 toneladas de kurí em 2020.

Pesquisas ajudam na produção

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(Fonte: Hippopx)

Um dos desafios no cultivo de frutas é o clima brasileiro. Mesmo quando o cultivo é realizado em regiões mais frias, como o Sul do país, outros obstáculos, presentes no pós-colheita, trazem problemas aos agricultores. Esse é o caso da castanha-japonesa, que apresenta um tempo de conservação pós-colheita de menos de cinco dias em um clima tão quente como o brasileiro. Por meio de pesquisas e técnicas de resfriamento, foi possível aumentar a vida útil do produto e torná-lo mais comercializável, independente do clima. A solução foi desenvolvida por meio de pesquisas científicas e testes de métodos já utilizados em outros países.

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Fonte: Governo do Estado de São Paulo, Embrapa

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