Cacau: desafios do setor para reagir à crise
18 de julho de 2020
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Impactos da pandemia não atingem diretamente a produção de cacau, mas tornam demanda das indústrias instável
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Nos últimos anos, o parque moageiro brasileiro vinha mantendo um bom processamento médio de 225 mil toneladas ao ano de amêndoas de cacau. No entanto, em decorrência da pandemia de coronavírus e de seus impactos na redução da demanda, o setor apresentou uma redução de 36,05% nas atividades em comparação ao mesmo período no ano anterior.
Apesar da produção do fruto continuar a todo vapor, a queda significativa na procura por produtos derivados do cacau no mundo trouxe instabilidade para esse mercado, principalmente em relação às estimativas futuras de preço e escoamento de produção. A curto prazo, o desequilíbrio entre oferta e demanda já tem afetado negativamente o valor de comercialização do fruto.
Em pouco mais de um mês, a matéria-prima teve uma baixa expressiva de mais de 30% no valor de venda. No entanto, como a colheita de cacau se inicia em maio e dura até meados de setembro, ainda não é possível traçar uma estimativa precisa a longo prazo sobre o faturamento ou prejuízo para o setor.
Isso porque o volume de processamento do cacau pelas indústrias dependerá da duração da quarentena e do comportamento do público consumidor em relação aos derivados do fruto, como o chocolate. Por isso, para os agricultores que integram a cacauicultura, acompanhar as tendências de mercado nesse período tem sido fundamental na missão do setor de reagir a crise e manter a rentabilidade da safra.
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