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A inflação brasileira vem batendo recordes mês a mês em 2022, e os alimentos estão entre os grupos que mais contribuíram para a elevação de custos dos brasileiros. Os preços de alimentação e bebida subiram 1,11% em janeiro, 1,28% em fevereiro e já registraram 1,95% na prévia de março do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Os principais fatores para a alta foram as adversidades climáticas, que provocaram estiagens e chuvas em excesso, em especial nas Regiões Sul e Sudeste. As maiores elevações de preços foram sentidas no café, na cenoura, na cebola, na batata e no tomate, que registram aumento em todos os meses deste ano.
Apesar disso, nem tudo ficou mais caro. De acordo com dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), um pequeno grupo de produtos alimentícios apresentou redução de valores. Confira dois alimentos que estão mais baratos em 2022.
1. Arroz
O preço do arroz disparou em 2021 e assustou o consumidor. Em março de 2022, a saca de 50 quilos do tipo 1 no Rio Grande do Sul estava cotada a R$ 75,66, em recuo de 12% se comparado ao mesmo mês do ano anterior. A retração aconteceu por conta dos estoques parados do produto, auxiliada pela volta das exportações para a Índia e a Indonésia, que tinham sido suspensas devido à crise sanitária.
Ainda assim, o preço do grão está 36% superior ao nível de antes da pandemia. Segundo avaliação do Cepea, é improvável que o valor do arroz caia mais, por causa do aumento de custos com fertilizantes, defensivos agrícolas e energia.
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2. Carne suína
O Indicador do Suíno Vivo Cepea/Esalq em São Paulo, que traça uma média dos preços pagos ao produtor, esteve abaixo de R$ 6 por quilo em março deste ano, em redução de 11% em comparação a 12 meses antes. O Cepea aponta que a oferta elevada dos animais combinada com a forte redução das demandas interna e externa derrubou o preço da carne suína.
Com os custos de produção em alta, a diminuição do valor está pressionando as margens dos suinocultores. Em fevereiro de 2022, o produtor paulista comprou 3,35 quilos de milho com a venda de 1 quilo do animal, uma relação de troca 34,5% abaixo da quantidade registrada no mesmo mês do ano anterior.
Fonte: Agência IBGE de Notícias, Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).