Safra brasileira de grãos deve alcançar 251,8 milhões de toneladas de acordo com Conab
Publicidade
O abastecimento de alimentos no Brasil está garantido, apesar dos problemas causados pela pandemia do novo coronavírus. Uma colheita de 251,8 milhões de grãos é esperada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a safra 2019-2020.
Instituições públicas e privadas, como o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), descartam os riscos de abastecimento. Indústrias de carne importantes, como Marfrig Global Foods e a JBS, anunciaram que continuam em operação, mesmo na crise.
Outros setores da cadeia do abastecimento também não pararam, garantem as Associações Brasileiras das Indústrias de Café (Abic), da Indústria do Trigo (Abitrigo), de Produtores de Soja (Aprosoja), de Proteína Animal (ABPA), de Criadores de Suínos (ABCS) e de Supermercados (Abras).
O novo coronavírus pode causar uma escassez de alimentos em escala global, alertam os dirigentes da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Organização Mundial do Comércio (OMC). A pandemia deve causar problemas no comércio internacional e nas cadeias de abastecimento.
No entanto, o Brasil vive uma situação diferente. O País deve se tornar o maior produtor mundial de alimentos em 2020, de acordo com a estimativa da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). A safra brasileira de grãos dá indicativos nesse sentido.
“A pandemia enfrentada pelo mundo não afetou o andamento da safra brasileira”, garante a Conab. A entidade afirma que o volume da safra 2019-2020 deve ser 4% superior em comparação com o da safra anterior.
A soja deve ter uma produção recorde de 122,1 milhões de toneladas, com crescimento de 6,1% em relação ao ano anterior, mesmo com os problemas climáticos ocorridos na região Sul brasileira. O milho, considerando a primeira, segunda e terceira safras, deve registrar um volume de 101,9 milhões de toneladas.
Também devem registrar aumento na produção da safra 2019-2020: o algodão, com 2,88 milhões de toneladas estimadas; o arroz, com 10,6 milhões de toneladas; e o feijão, com 1,07 milhão de toneladas colhidas e mais 1,33 milhão a colher.
O campo não parou nem deve parar. A agricultura e as atividades de apoio, como o transporte, foram consideradas essenciais pelo governo federal em meio à pandemia. Dessa forma, os alimentos continuam chegando à mesa dos brasileiros e ao mercado internacional.
A CNA recomenda aos produtores agrícolas que tomem medidas de precaução durante a produção e comercialização de alimentos para que não disseminem mais o novo coronavírus. Entretanto, não devem paralisar as atividades.
O Ministério da Infraestrutura realizou um acordo com os estados para eles não obstruírem as rodovias e manterem os serviços de suporte ao transporte funcionando, como restaurantes e borracharias em beira de estradas. Além disso, o ministério afirma que os portos continuam funcionando normalmente.
Em março, as exportações do agronegócio brasileiro continuaram em crescimento, com um aumento de 13,3% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Segundo informações do Mapa, o setor alcançou o valor de US$ 9,29 bilhões no mês, devido ao aumento de 18,8% do volume exportado.
Se interessou pelo assunto? Aprenda mais com especialistas da área no Summit Agro. Enquanto isso, acompanhe as notícias mais relevantes do setor pelo blog. Para saber mais, é só clicar aqui.
Fonte: Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e Agência Brasil.