10 dicas para elevar a produtividade na plantação de milho

16 de julho de 2023 4 mins. de leitura
O Brasil deve superar a média global de produtividade de milho, mas continua longe do recorde mundial

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O Brasil deve produzir 125 milhões de toneladas de milho em 2023, estima a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Serão quase 22 milhões de hectares plantados durante as três temporadas do grão, com uma produtividade média de 5.713 kg/ha, que deve superar pela primeira vez a média mundial.

O recorde global pertence a Russell Hedrick, produtor de Hickory, na Carolina do Norte, nos Estados Unidos. Ele conseguiu produzir 28.843 kg/ha de milho de sequeiro a partir de uma combinação de cuidados, desde a preparação do solo, equilíbrio de nutrientes e até com a velocidade do plantio de sementes.

Confira, a seguir, dez dicas para elevar a produtividade do cultivo de milho.

1. Equilíbrio de nutrientes

A disponibilidade de nutrientes é essencial para uma boa produtividade na lavoura de milho. (Fonte: GettyImages/Reprodução)
A disponibilidade de nutrientes é essencial para uma boa produtividade na lavoura de milho. (Fonte: Getty Images/Reprodução)

Um equilíbrio adequado de nutrientes no solo permite que as plantas de milho expressem todo o seu potencial genético, garantindo um crescimento vigoroso, uma maior produção de massa vegetal e uma formação adequada de espigas e grãos, além de fortalecer as defesas das plantas contra doenças, pragas e estresses ambientais.

2. Plantas de cobertura verde

As plantas de cobertura verde desempenham um papel importante na melhoria da produtividade do milho. Elas são cultivadas entre as safras principais, durante os períodos de entressafra, com o objetivo de cobrir o solo e fornecer uma série de benefícios agronômicos.

3. Escolha da semente

A escolha do cultivar deve considerar as características específicas da região, as práticas de manejo adotadas e as metas do produtor. A resistência à seca, quebra do colmo e tolerância a pragas e doenças são as qualidades mais importantes.

4. Densidade de plantio

A densidade de plantio, ou seja, o número de plantas de milho por área, pode influenciar a produtividade. Quanto mais plantas cultivadas na mesma área, maior a competição por recursos essenciais, como luz solar, água e nutrientes. Por outro lado, oferece a melhor utilização do espaço disponível e pode favorecer a polinização do milho.

5. Tamanho da semente

As sementes de maior tamanho geralmente contêm uma quantidade maior de reservas de energia, como amido, lipídios e proteínas. Isso proporciona um sistema radicular mais desenvolvido, o que lhes permite absorver água e nutrientes com maior eficiência, sendo capazes de superar condições adversas, como temperaturas frias, seca inicial ou compactação do solo.

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6. Profundidade de plantio

A profundidade das covas depende do solo e do cultivar selecionado para plantio. (Fonte: GettyImages/Reprodução)
A profundidade das covas depende do solo e do cultivar selecionado para plantio. (Fonte: Getty Images/Reprodução)

A profundidade de plantio adequada permite que as sementes de milho germinem e estabeleçam suas raízes em uma profundidade ideal no solo, levando em conta as características da sua propriedade. Ao plantar na profundidade adequada, as plantas emergem e crescem de maneira uniforme, permitindo uma competição equilibrada por recursos essenciais.

7. Velocidade de plantio

A velocidade de plantio afeta a uniformidade que as sementes são depositadas no solo. Quanto mais lenta for a semeadura, maiores são as chances de que as sementes sejam distribuídas de maneira uniforme, resultando em uma população de plantas mais consistente.

8. Nutrição balanceada

O milho requer macronutrientes essenciais, como nitrogênio (N), fósforo (P) e potássio (K), em quantidades adequadas para um crescimento vigoroso. O desequilíbrio nutricional pode resultar em problemas de absorção e utilização de nutrientes, afetando negativamente o crescimento e a produtividade das plantas.

9. Irrigação

A irrigação permite que o milho seja cultivado em épocas do ano em que normalmente não seria possível devido à falta de chuvas. Isso possibilita a diversificação de culturas, a produção fora da safra convencional e a exploração de nichos de mercado, como a produção de milho-verde, sementes e milhos especiais.

10. Monitoramento constante

O monitoramento regular do estado nutricional das plantas de milho permite detectar precocemente deficiências ou excessos de nutrientes, pragas ou doenças. Essas informações são valiosas para tomar decisões em relação ao manejo da cultura, como o momento adequado para irrigação, aplicação de fertilizantes, defensivos agrícolas e colheita.

Autor: Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Solum Lab, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa)

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