Apesar da redução na circulação nacional da fruta, produtores seguem com exportação a todo vapor para aproveitar taxa cambial
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No primeiro semestre de 2019, as exportações de uva para os EUA foram 228% maiores em faturamento e 199% em volume quando comparado ao mesmo período em 2018. Já em 2020, considerando apenas o mês de janeiro, já houve um crescimento de 590% em faturamento e 1.599% em volume na comparação com janeiro de 2019.
Isso é resultado do trabalho do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) na abertura de novos mercados para os produtos agrícolas brasileiros. A ministra Tereza Cristina elaborou um projeto para a exportação de uvas à China, por exemplo, o que pode ser uma grande oportunidade, tendo em vista que o Chile – país que é forte nas vendas de uva para o país asiático – enfrenta problemas de produção devido a uma seca intensa.
Para os viticultores do Vale do São Francisco (PE/BA), o mercado externo é a principal aposta para o escoamento da produção neste momento de crise mundial causada pelo novo coronavírus. A expectativa é aproveitar a abertura de novos mercados e se fortalecer nas parcerias tradicionais, como com os Estados Unidos.
A crise provocada pelo novo coronavírus e os efeitos das medidas de segurança necessárias para evitar o contágio (como o isolamento social) afetaram diretamente o mercado de uvas e seus subprodutos. Com empresas dispensando seus funcionários e a redução na renda média da população, o comportamento do consumidor nos mercados e nas feiras mudou, atingindo os produtos que não são de primeira necessidade, como as frutas.
Apesar da queda na demanda interna, as uvas – que têm o transporte feito por navios agora – continuaram a ser enviadas normalmente a países da Europa e ao Estados Unidos.
Para manter o mercado de exportação aberto e aquecido, as fazendas de médias e grandes extensões têm seguido a risca todas as medidas de higiene e segurança necessárias.
A janela de exportação brasileira geralmente vai de abril até junho. No entanto, pelos efeitos da pandemia e pela a instabilidade do mercado econômico neste ano, os envios tiveram seu início antecipado e podem se encerrar mais tardiamente, fugindo do calendário habitual.
A qualidade dos frutos e o desenvolvimento da uva sem semente para exportação se tornaram diferenciais atrativos dos produtores nacionais, tendo uma boa aceitação nos países da Europa e principalmente nos Estados Unidos.
A tendência para 2020 é que os produtores busquem direcionar a maior parte de suas produções para o mercado externo, reduzindo a disponibilidade para venda nacional. Com isso, estima-se que os preços para a fruta nos mercados e nas feiras do Brasil aumentem, pressionando ainda mais a queda no consumo.
Com a recuperação de outros países atuantes na produção e exportação de uva, espera-se que o equilíbrio entre a oferta e a demanda normalize os preços para o consumidor final no mercado interno.
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Fonte: HF Brasil.