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Soja: Brasil aumenta importações mesmo sendo maior produtor

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O primeiro semestre de 2020 trouxe números expressivos para o mercado de soja no Brasil. Foram cerca de 372 mil toneladas do grão importadas pelo País entre janeiro e julho, informou a Secretaria Especial de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia — um aumento de mais de três vezes se comparado com o ano passado, quando o volume de aquisições ficou em 104 mil toneladas. 

De acordo com o IBGE, o Brasil deverá ter uma colheita de 247,4 milhões de toneladas do grão para este ano, número que o posiciona em primeiro lugar no ranking de maiores produtores de soja do mundo. Então, quais são os motivos de tamanho crescimento nas importações?

Exportações foram beneficiadas por guerra comercial

Exportações brasileiras saem como vencedoras de guerra comercial entre China e EUA. (Fonte: Shutterstock)

Sendo o segundo maior produtor mundial e o segundo maior fornecedor do grão para a China, os Estados Unidos se encontram em uma guerra comercial com o país asiático, inclusive com ameaças do presidente norte-americano de taxar a entrada de produtos chineses.

Para se proteger, o país oriental amplia sua relação comercial com outras regiões, como o Brasil, o que favorece a exportação de soja. Até o mês de março, a Secex informou que os produtores brasileiros já haviam exportado boa parte da safra de 2019/2020 e 40% da safra de 2020/2021 — que nem começou a ser plantada e foi comercializada no mercado futuro. O aumento nas vendas para o exterior acarretou uma escassez do grão no mercado interno, fazendo que os brasileiros buscassem parceiros comerciais para atender às demandas de sua população.

Quebras na safra fazem o Brasil recorrer ao Paraguai

Paraguai foi responsável por 99% da soja importada no Brasil. (Fonte: Shutterstock)

Outro fator que faz com que o Brasil volte ao mercado da compra de soja são as quebras nas safras nacionais. Por exemplo, a falta de chuvas no sul do país fez com que o volume colhido no Rio Grande do Sul caísse em 39% comparado com junho de 2019, permanecendo em 11,2 milhões de toneladas.

Com isso, o governo federal teve que recorrer ao Paraguai — responsável por 99% do volume de soja vendido ao Brasil — para suprir sua demanda. Mesmo com o dólar em alta, a União conseguiu bons valores nas compras de sacas do grão.

Se em 2019 a média mensal gasta para comprar uma tonelada de soja foi de US$ 308, em 2020 esse valor caiu para US$ 299. Sendo assim, o país teve um gasto total de US$ 11,228 milhões para adquirir as 372 mil toneladas no início do ano.

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Fonte: Notícias Agrícolas.

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