Em meio à pandemia de covid-19, a agropecuária brasileira toma fôlego e registra crescimento substancial devido às exportações
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Desde que o Decreto 10.282 de 20 de março de 2020 passou a considerar as atividades de inspeção de produtos de origem animal e certificação sanitária como essenciais para o bem-estar da população, o Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa), a Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) têm adotado medidas para garantir que as atividades exercidas pelo Serviço de Inspeção Federal (SIF) sejam realizadas com máxima eficiência, evitando prejuízos no setor agropecuário.
A estratégia teve um papel fundamental no crescimento das exportações de produtos brasileiros de origem animal, mesmo em meio à pandemia de covid-19. Segundo o Mapa, de janeiro a abril deste ano, as exportações da agropecuária cresceram 17,5% quando comparado ao mesmo período do ano passado. O impacto foi tão grande que o agronegócio, o qual representava 18,7% da balança comercial do Brasil em 2019, passou a corresponder a 22,9% da economia brasileira em 2020.
A crise do novo coronavírus gerou uma recessão mundial, que acabou prejudicando a comercialização de alguns produtos, como trigo, centeio, café não torrado, frutas e nozes. Mesmo assim, nesse mesmo período, os pedidos do mercado asiático passaram a representar 47,2% das exportações nacionais, com destaque para a China, que aumentou as importações de nossas carnes bovina e suína em, respectivamente, 85,9% e 153,5% em relação ao ano anterior.
De acordo com o sétimo relatório de atividades do SIF, que abrange as informações coletadas de janeiro a setembro deste ano, há 3.330 estabelecimentos de produtos de origem animal nas áreas de carnes e produtos cárneos, leite e produtos lácteos, mel e produtos apícolas, ovos, pescado e seus produtos derivados, além de mais 2.999 estabelecimentos de produtos destinados à alimentação animal, registrados no órgão.
Nos estabelecimentos onde ocorrem abate de animais, a presença de equipes de servidores do SIF é imprescindível. Estão registrados no Dipoa 147 abatedouros frigoríficos de aves, 225 de bovinos e 89 de suínos, sendo que no mês de setembro de 2020 uma parcela desses três tipos de frigoríficos solicitou a realização de atividades em turnos ou dias adicionais à sua regularidade operacional.
Devido às medidas adotadas pelos órgãos competentes, a maioria das demandas por abates extras foi atendida. Em paralelo, nenhum estabelecimento desse tipo foi fechado em setembro.
Enquanto isso, as certificações sanitárias, que assegurem aos produtos e aos sistemas de produção atenderem a todos os requisitos acordados, tiveram um salto considerável no número de emissões, especialmente nos meses de agosto e setembro.
A estratégia de aumentar a fiscalização no setor da agropecuária refletiu diretamente na confiabilidade dos produtos nacionais de origem animal. A figura abaixo mostra a abertura de mercados para exportação de produtos de origem animal e produtos para alimentação animal, de janeiro a setembro deste ano.
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Fonte: Summit Agro, Ministério da Agricultura.