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Um indicativo importante do mercado agrícola é a chamada área plantada. Esse índice revela o quanto um país ou região cumpriu o que havia estimado de plantio para determinada cultura. De acordo com os últimos relatórios do portal norte-americano AgWeb que acompanha o plantio de culturas no país, o ritmo de cultivo de soja está lento, especialmente quando comparado ao ano passado.
No final de maio, o país norte-americano havia registrado plantio em 65% da área estimada. Para esse mesmo período do ano passado, os índices chegaram a 75%. É difícil pontuar os motivos exatos para essa redução, mas a pandemia da covid-19, as baixas temperaturas em algumas áreas dos Estados Unidos e a possibilidade remota de a China não comprar a oleaginosa do país são fortes indicativos.
Boas perspectivas para a soja americana
Apesar de o começo lento e contexto pouco favorável, as estimativas da equipe de inteligência de mercado da INTL FCStone dão conta de que o volume de área plantada de soja nos Estados Unidos deve alcançar a meta esperada para 2020.
Embora a China não tenha realizado nenhuma movimentação declarada de que pretende cumprir a promessa de compra da soja dos Estados Unidos, não há motivos para crer que isso não acontecerá – muito pelo contrário, já que o país está se planejando para garantir o abastecimento. A partir do momento que a gigante asiática iniciar as importações, estima-se que a área plantada alcance a sua meta.
A situação da Argentina também reforça o desfecho positivo para os Estados Unidos. Em nosso país vizinho, considerado o maior exportador de subprodutos da soja na América do Sul, as restrições para controle de propagação da covid-19 podem prejudicar a safra consideravelmente, fazendo outros países terem que suprir a demanda mundial.
Além disso, a pandemia de coronavírus também impactou a indústria de etanol nos Estados Unidos. Como consequência, os analistas da INTL FCStone acreditam que isso reforçará o consumo de soja no país uma vez que haverá uma menor disponibilidade de grão seco por destilação (DDG, sigla em inglês ), um subproduto da produção de etanol do milho. Para combater essa escassez e elevar a produção desse álcool no país, a produção local da oleaginosa tende a aumentar.
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Fonte: Mercados Agrícolas.