Oferta da mandioca permanece em baixa, e preços aumentam

26 de março de 2020 3 mins. de leitura
Baixa oferta da mandioca impulsiona cotações favoráveis à comercialização

Durante fevereiro, a diminuição no ritmo da colheita e da comercialização de mandioca se intensificou em todas as regiões de acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Os preços, que se mantinham em queda desde de dezembro de 2019, já estão registrando altas a partir do começo do último mês. Entretanto, em janeiro, o rendimento do amido seguiu abaixo do esperado, com uma média semanal de 500,1 gramas na balança hidrostática de cinco quilos. Desse modo, muitas das empresas ativas do segmento acabaram ofertando preços abaixo do fechamento de dezembro de 2019, portanto, colocando em queda as cotações da mandioca.

Os agricultores consultados pelo Cepea afirmam que não consideram o cenário atual favorável à comercialização de seus produtos. Ao mesmo tempo, alguns desses produtores priorizam outras atividades, como a colheita de soja. Entretanto, ainda conforme as pesquisas do Cepea, o setor industrial se mantém otimista e com expectativa de retomar a comercialização da mandioca após o Carnaval.

(Fonte: Wikipédia)

No período de recesso do feriado, houve uma boa movimentação no mercado, o preço médio semanal a prazo, para a tonelada de mandioca posta fecularia, foi de cerca de R$ 362 (cerca de R$ 0,62 por grama de amido), sendo 2,1% maior do que no período anterior. A média para o mês de fevereiro de 2020 ficou abaixo de janeiro, com apenas 19,5% em valores nominais.

Essa não é a primeira vez que o tubérculo sofre com os preços em queda. Em 2010, nesse mesmo período, com queda de cerca de 25%, a oferta foi limitada por parte dos agricultores. Já no final de 2016, o produto também passou por uma crise de oferta e demanda. Por conta dos preços baixos, os produtores estavam com baixo interesse em sua comercialização, segundo dados do Cepea.

Mercado Interno

(Fonte: CC Search)

A mandioca é um produto de consumo bastante importante para o mercado interno brasileiro e o país é o seu terceiro maior produtor no mundo. Além de ser cultivada em praticamente todas as regiões do Brasil, tem uma importância cultural e econômica para a população, tendo em vista que durante o processamento da farinha, sobretudo nas regiões Norte e Nordeste, são gerados mais de um milhão de empregos.

O produto pode ser consumido em sua forma natural, com uma grande variedade de uso, principalmente culinário, mas também tem valor em outros ramos industriais com a fécula na fabricação de embalagens e colas. Com essa versatilidade de consumo no mercado interno, ainda há pouca demanda para se fazer exportações.

Se interessou pelo assunto? Aprenda mais com especialistas da área no Summit Agro. Enquanto isso, acompanhe as notícias mais relevantes do setor pelo blog. Para saber mais, é só clicar aqui.

Fonte: Cepea, Embrapa.

Este conteúdo foi útil para você?

13880cookie-checkOferta da mandioca permanece em baixa, e preços aumentam