Novas regras do Acordo Mercosul-UE impactarão agricultura brasileira

26 de novembro de 2019 3 mins. de leitura
As mudanças preveem uma série de benefícios com o intuito de impulsionar a economia e ajudar pequenos e médios produtores

Junho de 2019 representou um novo marco na agricultura, que deverá impactar milhares de pessoas que vivem nos países que integram o Mercosul e a União Europeia. Após exatos 20 anos, o acordo que reduz ou zera tributos de diversos alimentos foi selado e comemorado por toda a delegação que se reuniu em Bruxelas, capital da Bélgica.

Com as novas medidas, além da retirada de tarifas para a importação de alimentos como laranja, café solúvel e peixes, haverá acesso preferencial para exportadores brasileiros por meio de cotas exclusivas e redução de tarifas para carnes, açúcar, etanol, arroz, ovos e mel.

​(Fonte: Pixabay)

A definição, que tem como principal objetivo estimular a economia entre o Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai) e as 28 nações da União Europeia, beneficiará agricultores e produtores de ambos os continentes. Em nota para o portal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a Ministra Tereza Cristina, que esteve presente no momento da assinatura, comemorou o feito.

Segundo ela, essa é a maior e mais aguardada decisão das últimas 2 décadas para o setor. O Secretário Especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia, Marcos Troyjo, reforçou que o projeto impacta positivamente o PIB através do comércio exterior.

“Esperamos um aumento significativo da corrente de comércio exterior. Outro fator é que, como o nosso mercado era muito protegido, o Brasil ficou muito distante das cadeias globais de produção”, comentou Troyjo. Com a medida, além da eliminação de tarifas para suco de laranja, frutas, café solúvel, peixes, crustáceos e óleos vegetais, o trato prevê o uso de salvaguardas agrícolas especiais para preservar os interesses dos agricultores brasileiros.

Novos rumos do acordo

Com isso, há a possibilidade ímpar de impactar positivamente a economia e a alimentação de mais de 780 milhões de pessoas dos dois continentes, e a relação comercial poderá impulsionar os novos rumos da agropecuária local. Com a medida, o Brasil ganha o direito de participar de licitações na União Europeia e a redução nos custos e prazos em processos de exportação de bens.

(Fonte: Pixabay)

Para o consumidor, a medida representa aumento na diversidade de produtos e gradativamente deverá mostrar preços mais competitivos nos mercados e modernizar a agricultura brasileira. A Ministra Tereza Cristina ressaltou, ainda, que a medida facilitará a interação com pequenos e médios produtores, para que estes conquistem melhores posições no mercado.

Sobre os prazos, o projeto segue em aprovação pelos parlamentos envolvidos, com expectativa de novos passos em 2 anos.

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Fonte: Ministério da Agricultura.

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