Mercado de algodão reage à alta do dólar

27 de março de 2020 3 mins. de leitura
Pluma brasileira tem cotação mais competitiva mesmo no atual cenário de alta da moeda norte-americana

Impulsionado pela alta do dólar em relação ao real, o mercado brasileiro de algodão apresentou perspectiva de alta nas cotações, terminando janeiro com um cenário promissor, que é o oposto dos preços internacionais. Contudo, a alta do petróleo e o impacto econômico do coronavírus nas taxas de juros dos bancos centrais de todo o mundo fazem com que os preços do produto fiquem desregulados.

Na cotação do CIF (Cost, Insurance and Freight ou Custo, Seguro e Frete, em português) de São Paulo em janeiro, a pluma atingiu, pela primeira vez desde junho de 2019, R$ 2,80 por libra-peso. Isso pode ser explicado pelo momento de força dos exportadores no mercado brasileiro, o que fez com que os compradores nacionais de algodão também adotassem uma postura mais agressiva neste início de 2020.

(Fonte: Shutterstock)

Dessa forma, a diferença de cotações entre as plumas do Brasil e dos Estados Unidos começou a se reequilibrar, depois de indicar um valor 7,1% mais baixo do que o produto norte-americano em janeiro de 2020 — de acordo com o frete FOB (Free On Board ou Livre a Bordo, em português) com exportação em Santos (SP).

Alta do dólar torna algodão mais competitivo no exterior

Em um ano com produção de algodão muito maior do que o consumo no Brasil, é normal que as cotações nacionais operem no mesmo valor que as cotações de exportação. Vale ressaltar que a alta acumulada dos preços no Brasil no início de 2020 se deve ao comportamento cambial no cenário de alta do dólar, ainda que a competitividade externa seja mantida.

(Fonte: Shutterstock)

Para o mesmo período do ano passado, observa-se que o câmbio também teve papel fundamental na regulação das cotações da pluma brasileira. A elevação da moeda norte-americana é positiva para a comercialização desse produto, seja para exportação, seja para venda no mercado interno. No fim de janeiro, a pluma brasileira estava cotada a 67,11 centavos de dólar por libra-peso, o que representou recuo de 2,2% na diferença para a pluma norte-americana, sinalizando um caminho de retorno ao equilíbrio.

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Fonte: Estadão.

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