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A pandemia de coronavírus atingiu em cheio o setor de frutas no primeiro semestre de 2020. Porém, o setor vem se recuperando a passos largos com a retomada gradual das atividades, e um sinal disso é o volume exportado pelo Brasil em setembro. Foram 117 mil toneladas embarcadas durante o mês, uma marca recorde em uma série histórica iniciada em 1997, de acordo com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil.
O crescimento das vendas em julho, agosto e setembro compensou as perdas dos primeiros seis meses do ano. Dessa forma, o volume exportado de janeiro a setembro de 2020 ficou 5% superior ao mesmo período de 2019.
As exportações geraram uma receita de US$ 450 milhões, um valor próximo ao ano passado. A renda não foi maior devido à desvalorização do real frente ao dólar, que reduziu em 6% o preço pago pela fruta brasileira.
Frutas em destaque
Segundo levantamento da Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), as frutas que apresentaram maior crescimento de exportações no terceiro trimestre do ano foram abacaxi, com 171%, laranja, 148% e limão, com 15%.
De acordo com a CNA, em setembro, os destaques foram melancia, melão e manga, que registraram alta, respectivamente, de 53%, 41% e 19% com relação ao mesmo mês em 2019. As exportações de banana no mês somaram 4,3 mil toneladas, uma alta de 14,% na comparação com setembro de 2019, devido à boa aceitação do produto pelo mercado do Mercosul, principalmente na Argentina.
Foram embarcadas 3,4 mil toneladas de uva em setembro, um crescimento de 43% com relação ao mesmo mês em 2019. Como o período de maior exportação da fruta é o último trimestre do ano, os produtores acreditam na ampliação do volume exportado. A expectativa está baseada na continuidade da demanda aquecida, na boa produtividade e na qualidade dos cultivos da Região do Vale do São Francisco.
Dificuldades para a laranja
Em 2019, as exportações de laranja foram prejudicadas por problemas fitossanitários em frutas exportadas para União Europeia. Em 2020, as exportações voltaram ao normal, mas agora as laranjas estão tendo dificuldade de atingir o tamanho e a qualidade desejada pelos supermercados brasileiros.
Isso acontece devido ao aumento de temperatura que tem causado prejuízos nas lavouras de frutíferas, em especial aquelas que são cultivadas em sequeiro ou não podem receber irrigação devido ao longo período de estiagem.
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Fonte: Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).