Certificações podem facilitar exportação de carnes brasileiras

13 de março de 2020 3 mins. de leitura
Projeções apontam demandas por novos exportadores de carne; entenda como funciona o processo para se tornar um exportador habilitado

A cada ano, a participação brasileira no comércio internacional vem crescendo, com destaque para a produção de carne bovina, suína e de frango. Segundo levantamento da Abrafrigo, baseado em dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, os resultados de janeiro apresentam alta de 10% em relação às 123 mil toneladas exportadas em janeiro de 2019. O preço médio da tonelada subiu de US$ 3.710 em janeiro de 2019 para US$ 4.665 no mês passado.

Em setembro de 2019, 25 novos frigoríficos foram habilitados para exportar carnes para a China; destes, 17 são produtores de carne bovina,  seis de frango, um de suíno e um de asinino. As empresas foram autorizadas a exportar imediatamente após o comunicado enviado pelo GACC (órgão sanitário chinês) ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Esse aumento de demanda e preço traz oportunidades para produtores nacionais expandirem os negócios vendendo para novos mercados.

(Fonte: Pexels)

O Brasil alcançou novos recordes na exportação de carne bovina para o mercado internacional em 2019, com o apoio do embarque da proteína para o exigente mercado europeu, que possui consumidores com alto poder aquisitivo e com preferência por cortes mais nobres — e, consequentemente, mais caros.

O mercado europeu representa um atestado de qualidade da produção de carne bovina para o mundo inteiro e valoriza a proteína, desde que ela seja produzida com normas pré-estabelecidas; os frigoríficos chegam a pagar até R$ 4 a mais por arroba ao pecuarista.

Os empresários brasileiros do setor agropecuário, a partir da instituição do Sistema Brasileiro de Registro de Bovinos e Bubalinos (SISBOV) em 2002, passaram a conviver com padrões de rastreabilidade e certificação fiscalizados pelo MapaMAPA e certificados de empresas especializadas. Esses são alguns dos esforços buscando assegurar a credibilidade em produtos de qualidade para os consumidores, técnicos e instituições de todo o mundo.

(Fonte: Agência de Notícias, Governo do Paraná)

Através de procedimentos-padrão em fabricação, manipulação, higiene e sanitização, bem como da análise dos pontos críticos de perigo, pretende-se ainda assegurar que a carne tenha sido produzida dentro das boas práticas de fabricação e possa receber seu certificado de origem.

Toda e qualquer exportação de animais vivos ou produtos de origem animal é submetida ao cumprimento de requisitos regulamentados pelo Mapa.

Confira os requisitos para exportação de carnes:

1) Requerimento para Fiscalização de Produtos Agropecuários.

2) Certificado Sanitário Nacional (original emitido pelo SIF), para para respaldo da emissão do Certificado Sanitário Internacional pelo SVA/UVAGRO.

3) Registro de Exportação (Extrato do RE).

4) Nota Fiscal.

5) Cópia do Conhecimento ou Manifesto de Carga (após o embarque).

6) Autorização do IBAMA, somente quando se tratar de produto de espécie controlada.

Boas perspectivas

Segundo estimativas de especialistas e órgãos oficiais, o mercado internacional de carne bovina vai continuar atraente para a produção brasileira, principalmente  para importadores como China, Hong Kong e demais países asiáticos, além de Chile e Rússia. As projeções indicam demandas de novos produtores certificados para as exportações.

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Fontes: Mapa

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