Brasil e China fecham acordo para exportação de melão brasileiro

22 de janeiro de 2020 3 mins. de leitura
Dentro do combinado firmado em novembro, o Brasil abriu seu mercado para a pera chinesa

O Brasil fechou acordo com a China para a exportação do melão brasileiro para o país asiático. A informação foi confirmada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) após uma reunião bilateral feita pelos presidentes Jair Bolsonaro e Xi Jinping durante a XI Cúpula do Brics (bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), em Brasília (DF). O evento contou com a presença da ministra da Agricultura, Tereza Cristina.

O negócio é visto com bons olhos pelo presidente brasileiro, que disse ao site oficial do Mapa que “a China cada vez mais faz parte do futuro do Brasil”. Outra entidade brasileira que aprova o acordo para a exportação do melão brasileiro é a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

(Fonte: Shutterstock)‌‌

Segundo o assessor técnico da Superintendência de Relações Internacionais da CNA, Pedro Henriques Pereira, “a China é o segundo principal importador de frutas frescas do mundo, com aproximadamente US$ 9 bilhões em compras do mundo. O consumidor chinês, hoje, demanda frutas de alta qualidade, e o Brasil tem isso a oferecer”, afirmou o assessor técnico em entrevista para o site oficial da CNA.

Pereira ainda destaca que a CNA e a Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas) estiveram em diversas missões na China para apresentar os produtos nacionais, entre eles o melão brasileiro, e explorar oportunidades de mercado em encontros com autoridades, importadores e distribuidores.

O acordo de exportação do melão brasileiro

A decisão é resultado de uma negociação que aconteceu, segundo a ministra Tereza Cristina, “com muita celeridade”. Foram necessárias apenas duas idas da ministra até o país asiático — uma em maio e outra em outubro — para o acordo ser fechado no terceiro encontro, que aconteceu em terras brasileiras, durante a XI Cúpula do Brics.

(Fonte: Shutterstock)‌‌

Em contrapartida à abertura do mercado chinês para o melão brasileiro, os chineses poderão vender peras para o mercado do Brasil. Esse acordo é visto como simbólico pelo governo brasileiro por se tratar do primeiro entendimento com a China sobre frutas e diversificar a pauta exportadora agrícola para a China, que conta com um forte número de vendas em soja e carne. Além disso, a abertura de mercado entre os países pode alavancar a fruticultura brasileira, principalmente na região Nordeste — que, nos dias atuais, direciona as vendas externas apenas para a Europa.

Outro acordo firmado durante a mesma reunião foi o plano de ação para colaboração agrícola, o qual possibilitará uma transferência de tecnologia, inovação, atração de investimentos e promoção comercial entre Brasil e China. A negociação se junta a outros oito compromissos entre os dois países nas áreas de investimentos, transportes, saúde, segurança, comunicações e agronegócio, fazendo parte das intenções brasileiras no acordo de livre comércio negociado com a China.

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Fontes: Ministério da Agricultura, Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, Estadão.

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