Acordos firmados com o país asiático podem trazer tecnologia e mais exportações para o Brasil
Publicidade
O Brasil vem estreitando cada vez mais os laços comerciais com países do continente asiático. A região abriga atualmente 65% da população mundial e é o principal destino das exportações brasileiras, comprando 41% das vendas do Brasil ao exterior. Depois de firmar acordos com a China, agora é a vez da Índia de despontar como grande parceira comercial do agronegócio brasileiro.
Em visita ao país asiático em janeiro, o governo brasileiro firmou acordos de comércio e cooperação que podem trazer bons resultados para a balança comercial. Em 2030, a Índia deve ser o país mais populoso do mundo, superando a China e chegando a 1,3 bilhão de habitantes.
Em 2019, as exportações agropecuárias para a Índia chegaram a US$ 676 milhões. Dentre os produtos mais vendidos para o país estão o óleo de soja (bruto), o açúcar de cana (bruto) e o algodão.
A missão brasileira à Índia voltou com resultado bastante positivo. Foram firmados 15 acordos para estreitar as relações entre os países. Um destes visa ajudar a Índia na diversificação de sua matriz energética e prevê a cooperação dos dois países na promoção da produção de biocombustíveis — como etanol, biodiesel e biogás.
A experiência brasileira será valiosa para o desenvolvimento da indústria de etanol indiana. Por outro lado, para que isso aconteça, parte da produção de cana-de-açúcar indiana deve ter como destino a produção dos combustíveis, o que é vantajoso para o Brasil, já que a Índia compete com o país nas exportações de açúcar.
Outro acordo firmado entre o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e o Ministério da Pesca, Pecuária e dos Laticínios da Índia foi de cooperação em relação a sanidade animal (tanto no comércio de animais quanto no de material genético), capacitação técnica com cursos, estágios, e transferência de tecnologias em reprodução animal. Além disso, o acordo prevê cooperação na pesquisa genômica bovina e intercâmbio de material genético.
Outro intercâmbio firmado foi o de sementes. O Brasil exportará gergelim para a Índia e importará sementes de milho do país. Segundo o Mapa, a exportação dessa semente sofreu no ano passado incremento de 596%, passando de US$ 3,7 milhões, em 2018, para US$ 25,4 milhões, em 2019.
Vale lembrar que com o avanço das negociações entre EUA e China, o Brasil poderá perder espaço nas exportações. Então, os acordos firmados com a Índia podem fazer com que esse impacto seja menor.
Se interessou pelo assunto? Aprenda mais com especialistas da área no Summit Agro. Enquanto isso, acompanhe as notícias mais relevantes do setor pelo blog. Para saber mais, é só clicar aqui.
Fonte: Mapa, Agência Brasil