SOCORRO: FOME ZERO NO MUNDO A QUALQUER PREÇO

13 de outubro de 2021 4 mins. de leitura
Clique e confira o artigo completo de José Luiz Tejon Megido, sócio diretor da Biomarketing e Mentoring CNMA / YAMI.

José Luiz Tejon Megido

Alysson Paolinelli não trouxe o Nobel da Paz, mas não daremos paz nessa guerra pela extinção da fome na humanidade, onde Norman Borlaug em 1970 foi honrado com o Nobel pela revolução verde e Alysson a complementou na agricultura tropical brasileira.

Estamos lançando a iniciativa “SO.CO.RR.O” Sociedade Cooperativa, Racional (R ao quadrado), Organizada pela fome zero a qualquer preço no mundo.

16 de outubro é o Dia Mundial da Alimentação. Estamos a quase 1/4 do novo século 21 e, apesar do desenvolvimento científico, tecnológico, da integração de cadeias produtivas produzindo alimentos em abundância e baratos, com distribuição global, ainda contamos com fome, má nutrição, inflação de comida básica, e milhões de agricultores fora dos mercados. Desta forma empreendedorismo e cooperativismo continuam sendo as varas vitais para pescar, ao invés de planos que objetivem “dar peixes”.

A FAO – ONU informa que nos últimos 10 anos de setembro de 2011 a este setembro atingimos o maior nível de preços da temporada. Nos últimos 12 meses a comida ficou 32,8% mais cara no mundo. Se por um lado quase 5 bilhões de habitantes da terra tem menos de US$ 69 por semana para comer, com 1 bilhão deles com menos de US$ 1,50 / semana, onde 800 milhões passam fome absoluta, do outro lado da pirâmide, no topo do iceberg, 2 bilhões que comem muito, não sabem comer e apresentam problemas de obesidade e suas consequências.

Então fica aqui a pergunta “que não quer calar” na semana mundial da alimentação: aonde está o problema e onde mora a solução?

Ausência de um planejamento estratégico de segurança e saudabilidade alimentar para a humanidade. Não temos. Por outro lado, o setor de rações animais já busca iniciar esse diagnóstico a nível mundial na sede da federação internacional de ração em Bruxelas, para o setor da proteína animal, onde o brasileiro Roberto Bettancourt já participa.

Quando olhamos o noticiário sobre o agronegócio brasileiro, por exemplo, ao longo de uma semana, ou um mês, ou um ano, podemos ler múltiplas peças de um quebra-cabeça, cada peça com seu indiscutível valor, porém não formam um conjunto, não montam uma paisagem. Não compõem um design estratégico único.

Falta planejamento estratégico das cadeias produtivas do agro brasileiro, vindo desde as minas de fertilizantes, as alternativas da Biometanização, passando pela industrialização de defensivos, ativos químicos, biológicos, genética, pela nacionalização de insumos, peças, sinais de telecomunicação, sensores digitais, eletrônica da mecanização, seguindo pelo acesso a mercados de milhões de agricultores brasileiros em múltiplas cadeias produtivas do A do abacate ao Z do zebu, sem esquecer a maravilhosa jabuticaba, mandioca, flores e frutos do sertão.

Continuando com apoio a agroindustrialização de todos os portes, das micros às gigantescas multinacionais, o comércio, a gastronomia, o terroir brasileiro, o agroturismo ambiental educacional para jovens do mundo. Nos falta a montagem de um quebra-cabeça em que todas as peças se encaixariam, e tudo isso significando empregos, renda com campanhas educativas de comer saudavelmente e guerra antidesperdício.

Esse alerta da semana mundial da alimentação se volta para a dignidade e a prosperidade humana. Se não elevarmos o acesso de 5 bilhões de seres humanos na terra a obtenção de renda digna, podemos produzir o dobro dos alimentos de hoje, mas eles só engordarão os que já estão gordos além dos maravilhosos Pet seres, com rações maravilhosas, enquanto ao lado dos ainda maioria de vira-latas, temos brasileiros catando do lixo pra comer.

Planejamento estratégico nacional do complexo inteiro do agribusiness. Não é só comida, é dignidade de vida.

SO.CO.RR.O – sociedade cooperativista racional organizada.

Fome zero a qualquer preço. O alerta da semana mundial da alimentação. Planejamento estratégico para mercados, empreendedorismo, cooperativismo e para os “sem mercados” a justa filantropia.

A vitória da racionalidade.

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