INDÚSTRIA É TECH, INDÚSTRIA É POP, INDÚSTRIA É TUDO

18 de janeiro de 2022 4 mins. de leitura
Setor de máquinas e equipamentos agrícolas presta serviços ao agronegócio

João Carlos Marchesan*

Com esse slogan adaptado da campanha da Rede Globo, o Agro é tech, o agro é pop, o agro é tudo, queremos demonstrar que o setor de máquinas e equipamentos agrícolas é um setor estratégico, que presta relevantes serviços ao agronegócio e à balança comercial brasileira.

Por décadas, o agribusiness tem ajudado o País a consolidar seu Produto Interno Bruto (PIB), colaborando no equilíbrio das exportações, mesmo em épocas desfavoráveis. Se o Brasil é uma potência mundial na área agrícola hoje, com a liderança de produção em várias culturas, em muito deve à mecanização agrícola eficaz. 

O fato é que o trabalho na agricultura brasileira invariavelmente tem uma máquina por trás, e que às vezes, no entender de alguns analistas do setor, não seria plenamente valorizada pela opinião pública, como seria mais justo com sua história e atuação na economia, uma vez que a indústria de máquinas e equipamentos agrícolas brasileira representa o que de mais avançado existe em capacidade de produção e tecnologia, não ficando atrás de nenhum grande player desse mercado, a nível mundial.

Estudos da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos da Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), que reúne mais de 400 fabricantes nacionais desse setor, concluiu que a expressiva evolução da produção agrícola brasileira, produzindo mercadorias para 224 países, está diretamente atrelada ao número expressivo de fabricantes nacionais de máquinas, equipamentos e implementos agrícolas, que produzem avançadas soluções tecnológicas para várias aplicações.

Mas o marketing da indústria deixa muito a desejar. Bastaria pegar carona no agro que, apesar de sua competência, reconhece que o agro é a “indústria” riqueza do Brasil para desenvolvermos uma imagem mais realista do setor de máquinas e equipamentos. 

Hoje o agronegócio corresponde a 40% do PIB brasileiro e por meio da mecanização agrícola foi possível aos produtores rurais uma crescente produtividade por área plantada (tonelada por hectare) e consequentemente maior produção por safra. Por isso, o Brasil é também um difusor da tecnologia de mecanização agrícola para diversos países, com características geográficas semelhantes. O desenvolvimento de alternativas para os mais variados cultivos, solos, terrenos, climas e mão-de-obra proporcionaram ao maquinário brasileiro muita flexibilidade e robustez para as mais diversas condições de uso. 

Além disso, a indústria sempre ficou atenta às modernizações e atualizações, e principalmente às inovações, especialmente agora em que se fortalece a agricultura de precisão, ou seja, a agricultura 4.0 e o uso de alta tecnologia embarcada nas máquinas ou emprego de dispositivos inteligentes ou sensores para analisar e acompanhar de maneira mais precisa as condições das áreas agrícolas baseadas nas variações do solo e clima. 

A agricultura de precisão une a mecânica avançada e a eletrônica com a internet das coisas que melhoram o resultado final do manejo. Por conta dessas peculiaridades aumentou o interesse internacional pelo portfólio de produtos verde-amarelo. Sabemos que a tecnologia digital de fato está penetrando cada vez mais nas propriedades rurais por meio de drones, robôs na ordenha, e máquinas conectadas que garantem melhor controle de pragas. Muitos deles dispõem de assistência técnica via celular, nos equiparando aos maiores centros de produção do Planeta.

Foi o auxílio dessas tecnologias acopladas às máquinas agrícolas que ajudaram a melhorar o processo da colheita de grãos, a exemplo de soja, milho e trigo, nas regiões Sul e Centro-Oeste, os principais produtores de grãos do país naquele momento. 

A conclusão é que as modernas técnicas de agricultura tornaram a produção mais eficiente com a tecnologia das máquinas agrícolas modernas. Por isso INDUSTRIA É TECH, INDÚSTRIA É POP, INDÚSTRIA É TUDO

*João Carlos Marchesan é administrador de empresas, empresário e presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas (Abimaq)

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