A comunicação pode agregar muito valor a ambientes de inovação. Clique e saiba mais sobre o assunto.
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Flávia Romanelli*
Quando se fala em comunicação para startups ou ambientes de inovação, a palavra de ordem é marketing digital. Com pouco poder de investimento e estratégias de marketing de conteúdo, os gestores dessas empresas imaginam que podem alcançar seus potenciais clientes, gerar interação e ainda medir os resultados. E realmente podem!
Muitas startups, num primeiro momento, nem se lembram do marketing e da comunicação e só começam a investir nessa área quando são estimuladas por hubs, aceleradoras ou incubadoras que validam seus modelos de negócio. Dessa forma, grandes ideias e soluções inovadoras acabam não vingando, muitas vezes, por falhas no processo de comunicação.
Voltando ao marketing digital, trata-se de uma boa estratégia para empresas nascentes, mas será que só ele é suficiente? Mesmo porque todos os concorrentes parecem usar a mesma cartilha e o consumidor é bombardeado por webinares, ebooks, newsletters, blogs, lives e geração de leads em excesso. Muitas vezes, esse exagero gera resultado contrário e acaba afastando o receptor.
Em paralelo com a comunicação direta com os clientes, as empresas, e em especial as startups, precisam gerar também credibilidade de marca e empreendimento. Isso porque são novas em um mercado competitivo, muitas vezes necessitam atrair a atenção de investidores e precisam se destacar em um ambiente pulsante de tecnologia e inovação.
E como conseguir ser visto na multidão? Com um trabalho focado de relações públicas e assessoria de imprensa. Com a pandemia e a digitalização da maioria dos negócios, os empreendedores passaram a enxergar a necessidade desse tipo de comunicação, mais institucional, mas que agrega valor e conhecimento a sua marca e produtos.
Especialmente para as agtechs, existe uma imprensa tradicional e atuante, especializada em tecnologia e agronegócios, ávida por boas histórias de empreendedorismo e produtos e serviços inovadores para a agricultura e pecuária. Mas, muitas vezes essa relação não vinga, pois falta a ponte entre os dois mundos, que pode e deve ser feita pela assessoria de imprensa.
Além de gerar credibilidade e visibilidade para investidores, aceleradoras e hubs, a participação de startups em veículos de comunicação especializados em agronegócios, finanças e inovação, não requer grandes investimentos, como se imagina. É a chamada mídia espontânea, na qual o jornalista se interessa por uma notícia ou personagem, sem envolvimento comercial.
Na prática, o assessor de imprensa detecta o que é notícia na empresa cliente e indica, por meio de sugestões de pauta, tais assuntos aos jornalistas de redação, que, a partir daí, constroem suas reportagens com apuração e entrevistas próprias. Trata-se também de um trabalho contínuo de relacionamento e confiança entre o assessor e a imprensa.
Recentemente, a Esalqtec e o Vale do Piracicaba foram destaque em um programa especializado de uma grande emissora de televisão. A partir de um trabalho de assessoria de imprensa para a incubadora, muitas agtechs, hubs e instituições de ensino e pesquisa foram apresentados para todo o Brasil, gerando enorme repercussão no ambiente agro e de inovação.
Afinal, são essas reportagens em TVs, sites de notícias, jornais e revistas que são compartilhadas exaustivamente pelas próprias startups, integrando o marketing digital com os resultados do trabalho de RP e assessoria de imprensa. Isso porque, mesmo que inconscientemente, todos sabemos o valor de uma informação jornalística, divulgada por um veículo de comunicação, que não tem a intenção de vender um produto ou serviço, mas, indiretamente, faz você conhecer e admirar a empresa que o produz!
*Jornalista e gestora de Comunicação e Marketing da Ello Agronegócios, empresa parceira da Esalqtec