Apesar do resultado positivo, Serasa Experian recomenda análise contínua para ter conclusões mais assertivas Por Paloma Custódio – editada por Mariana Collini em 14/11/2024 O número de produtores rurais e empresas do agronegócio que solicitaram recursos de recuperação judicial caiu 40,7% no terceiro trimestre de 2024. O levantamento da Serasa Experian leva em conta todos […]
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Apesar do resultado positivo, Serasa Experian recomenda análise contínua para ter conclusões mais assertivas
Por Paloma Custódio – editada por Mariana Collini em 14/11/2024
O número de produtores rurais e empresas do agronegócio que solicitaram recursos de recuperação judicial caiu 40,7% no terceiro trimestre de 2024. O levantamento da Serasa Experian leva em conta todos os pedidos de produtores pessoa física, pessoa jurídica e empresas ligadas ao agro.
“Os dados mostram um cenário positivo para o terceiro trimestre, mas precisamos lembrar que a economia não costuma sofrer grandes mudanças em curtos períodos. Acreditamos em um represamento no segundo trimestre que acabou inflando a quantidade de solicitações e impactando a relação com o período seguinte. O ideal é que sigamos analisando os próximos meses para chegarmos em conclusões mais assertivas”, avalia o head de agronegócio da Serasa Experian, Marcelo Pimenta.
Produtores Pessoa Física
Os pedidos de recuperação judicial de produtores rurais que atuam como pessoa física diminuíram 50,4%, passando de 214, no segundo trimestre, para 106, no terceiro trimestre de 2024.
Em relação ao porte do empreendimento, os pequenos proprietários tiveram baixas mais acentuadas e passaram de 44 para 14 pedidos de recuperação judicial no período. Os médios proprietários diminuíram os requerimentos de 35 para 17 e os grandes, de 36 para 32. Já os possíveis arrendatários, ou seja, aqueles produtores que não possuem propriedades no campo, tiveram uma redução de 99 para 43 pedidos de recuperação.
Produtores Pessoa Jurídica
Entre os produtores rurais que atuam como pessoa jurídica também houve queda de 23,9% nas buscas pelo recurso, passando de 121 para 92 pedidos de recuperação judicial.
Apesar da queda geral, o setor do cultivo de soja registrou um leve aumento, passando de 53 para 59 requerimentos. Os produtores de algodão também demandaram mais recursos no período, indo de nenhum para 5 pedidos de recuperação judicial no terceiro trimestre. Já o segmento de criação de bovinos teve baixa e foi de 25 para 15; o cultivo de cereais passou de 23 para 5 e o setor de café caiu de 7 para 3 solicitações.
Pedidos de recuperação judicial por empresas do agronegócio caem 40%
A diminuição dos pedidos de recuperação judicial também foi observada entre as empresas que atuam de forma relacionada ao setor do agronegócio. Entre o segundo e o terceiro trimestre de 2024, houve uma queda de 40,4%, passando de 94 para 56 pedidos.
As Agroindústrias de Transformação Primária tiveram a baixa mais expressiva, com recuo de 34 para 10 pedidos. Em seguida está o Comércio Atacadista de Produtos Agropecuários Primários que foi de 12 para 5 requerimentos. Os negócios do setor de Serviços de Apoio à Agropecuária passaram de 16 para 12 solicitações.
No entanto, algumas áreas registraram leve aumento, como as Indústrias de processamento de agroderivados, que foram de 13 para 14 pedidos de recuperação judicial, e a categoria de Revendedor de Insumos Agropecuários (exceto máquinas), que subiram de 6 para 10 requerimentos.
Foto: Adobe Stock