A novela ‘Terra e Paixão’ vai promover o cooperativismo no Brasil - Summit Agro

A novela ‘Terra e Paixão’ vai promover o cooperativismo no Brasil

6 de junho de 2023 3 mins. de leitura

A nova produção da TV Globo envolve o agronegócio e pode promover o cooperativismo no setor do agronegócio

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A nova novela das 21h da TV Globo, Terra e Paixão, não é carioca, paulistana ou de nenhuma outra grande capital urbana do País. Está ambientada em Nova Primavera, cidade fictícia de Mato Grosso do Sul (com cenas gravadas em Dourados, Deodápolis e estúdios). Muito além do agronegócio, uma legítima “agrossociedade”. O autor Walcyr Carrasco afirma não se tratar de uma novela de agronegócio, e sim dos dramas humanos entre as pessoas. A heroína da novela, Aline, interpretada pela atriz Barbara Reis, vai se tornar uma grande produtora rural a partir de uma cooperativa da região, a CoopAtiva, gerenciada pela personagem Lucinda (Débora Falabella). A paisagem dos grãos, máquinas agrícolas, reservas florestais, aldeia indígena, tudo isso dentro da agrossociedade urbana da cidade de Nova Primavera, com suas butiques, comércios, serviços, revendas de automóveis, academias, bares e restaurantes, trarão à audiência das grandes capitais vários meses de uma ambientação do interior do País, em Estados que cresceram nos últimos 40 anos, a partir da ciência, tecnologia, em grande parte desenvolvida pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), para as condições tropicais e do Cerrado brasileiro, ao lado de agricultores que saíram de diversos outros biomas, minifundiários em grande maioria, e que foram desbravar o Brasil central enfrentando gigantescas dificuldades naquele pioneirismo

Mas ali, em Nova Primavera, os personagens centrais: Antônio (Tony Ramos); seu irmão Ademir (Charles Fricks); Irene (Gloria Pires); Caio (Cauã Reymond); Cândida (Susana Vieira), com os demais, vão retratar muito mais do que agronegócio ou agrossociedade, mas sim dramas, tragédias, farsas, comédias da dramaturgia, nos quais, sem dúvida, o teatro imita a vida. E como o criador do teatro realista, Constantin Stanislavski, ensinava: A construção de personagens exige criar legítimas emoções dentro de cada ator. Logo, também dentro de cada espectador, ou telespectador como na telenovela, paixões explodirão. Portanto, Terra e Paixão vai mostrar imagens feitas por drones e cenas de dias de campo, digitalização, telecomunicação, agropecuária regenerativa, treinamento e educação tecnológica e de gestão da agropecuária. Mas a novela será sempre uma novela, em que suas paixões atuarão nos conflitos do mal com o bem, e os conflitos humanos acentuados fazem parte da arte dramática, por isso ela se chama “arte dramática”. Ambientada numa sociedade, desta vez sem Copacabana, Leblon, Avenida Paulista ou Parque do Ibirapuera, e nossas comunidades das megalópoles tradicionais. Porém não estabelece nenhum julgamento a respeito do conceito do sistema de agronegócio ou de seus agentes no antes, dentro ou pós-porteira das fazendas.

Vale muito positivamente aqui, sim, nessa novela, a promoção do cooperativismo, com cenas gravadas na Coamo, em Mato Grosso do Sul. Que isso inspire toda a população brasileira a perseguir o grande objetivo de Márcio Lopes, presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB): 30 milhões de cooperados no País com movimento econômico-financeiro anual de R$ 1 trilhão até 2027. Prosperidade de verdade.

José Luiz Tejon – TCA International

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