Como a gessagem pode preparar o solo durante adversidades climáticas
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As mudanças climáticas são cada vez mais frequentes, afetando a produção agropecuária. É nesse cenário que o gesso agrícola surge como solução para desenvolver o perfil do solo em regiões que sofrem com falta de água.
O gesso agrícola serve para corrigir quimicamente o solo, possibilitando que suas camadas mais profundas se tornem propícias para o desenvolvimento de raízes — tanto em volume quanto em profundidade. As plantas se beneficiam dessa técnica com a absorção de água e nutrientes para, assim, driblarem o estresse hídrico e crescerem fortes e saudáveis.
A obtenção do gesso agrícola é feita a partir dos fosfatos extraídos de rochas fosfáticas. As reações dessa ação fazem surgir os sulfatos de cálcio, CaSO4.2H2O, conhecido popularmente como gesso agrícola.
O cálcio e o enxofre são dois elementos importantes presentes no gesso agrícola. Enquanto o primeiro se move para camadas profundas do solo, fornecendo o nutriente a ser absorvido pelas raízes, o segundo é imprescindível para o desenvolvimento de grãos, frutos, folhas e tubérculos, por exemplo. Tanto o cálcio quanto o enxofre estão presentes em fertilizantes de alta concentração, destinados ao equilíbrio nutricional.
A The Mosaic Company, empresa estadunidense reconhecida internacionalmente pela produção de fertilizantes, realizou um estudo sobre a aplicação do gesso agrícola no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Minas Gerais nos períodos das safras 19/20 e 20/21. Os resultados demonstraram um aumento médio de 4,8 sc/ha na cultura da soja, 6 sc/ha na cultura de milho 2ª safra.
O gesso agrícola deve ser usado quando o plantio ocorre antes da época ideal indicada para a semeadura ou em momentos nos quais as chuvas não são regulares.
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Localidades com volume de chuva mais rápido e curto ou aquelas que são susceptíveis aos veranicos – períodos de intensa estiagem, calor e insolação com baixa umidade, mesmo no inverno – são as mais indicadas para receber o tratamento.
Na análise das camadas subsuperficiais do solo, devem ser registradas as seguintes características: Ca: < 0,4 cmolc/dm3, e/ou Al: > 0,5 cmolc/dm3, e/ou saturação por alumínio (m): > 30%. A necessidade da gessagem também pode ser medida pelo teor de argila presente no solo.
Fonte: Scielo, Mosaic.