Em ritmo lento, safra 2021/2022 começa com queda de 30,57% na produção
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A safra da produção da cana-de-açúcar deste ano será impactada pelo aumento nos custos de produção, e os primeiros efeitos já estão sendo percebidos. Na primeira quinzena de 2021, foram processadas R$ 15,63 milhões de toneladas, ou seja, R$ 7 milhões a menos do que no ano anterior, na Região Centro-Sul.
As projeções foram divulgadas pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e o Instituto Pecege.
A queda é justificada pelo aumento do preço dos seguintes produtos:
Em 2018, uma mudança na legislação ambiental chinesa causou uma elevação mundial no preço das matérias-primas. Devido a isso, o país se tornou um dos grandes protagonistas no combate à poluição e passou a adotar medidas de fiscalização mais rígidas.
No ano seguinte, o produto teve uma melhora na sua oferta, além de uma redução na demanda, principalmente na América do Norte, o que levou a uma pequena mínima no preço dos insumos um pouco antes do início da pandemia, em 2020.
Com o novo cenário do vírus, houve uma restrição dos insumos, seguido da desvalorização cambial, encarecendo principalmente os fertilizantes e defensivos. O documento ainda ressalta que os impactos da covid-19 não foram de fato sentidos na produção do ano passado e que estarão refletindo nos resultados da de 2021/22.
Apesar da queda na produção na primeira quinzena deste ano, houve um aumento nas vendas no mercado doméstico do etanol. O crescimento foi de 19,53%, segundo a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica).
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Cúpula do Clima: palavra dada, palavra cumprida ou credibilidade destruída
Além das motivações de mercado, o clima é outro fator que pode explicar a queda na produção no Centro-Sul, região para a qual estão previstos momentos de seca. As chuvas abaixo da média histórica atrasaram o planejamento do início da produção de algumas empresas, segundo a Unica. Os estados que mais são afetados pelas condições climáticas são São Paulo, Goiás e Minas Gerais, de acordo com o portal novaCana.
O Brasil é o maior produtor e exportador mundial de açúcar, com 39% das áreas de plantação. O setor sucroenergético representa 2% do PIB nacional, segundo dados do último relatório de prestação da Unica. E, apesar das adversidades climatológicas e da precificação dos insumos, a produção segue a todo vapor, movimentando a economia brasileira.
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Fonte: Novacana, Embrapa, Grupo Cultivar, CNA Brasil, Comciencia, Unica.