Com nova alta, alimentos registram a maior inflação desde 2002 - Summit Agro

Com nova alta, alimentos registram a maior inflação desde 2002

8 de dezembro de 2020 2 mins. de leitura

2020 bate recorde de inflação nos últimos 18 anos com alta de 2,54% nos alimentos em novembro

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De acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o preço dos alimentos sofreu alta de 2,54% em novembro, fazendo que o acumulado desde janeiro atinja a marca de 12,14%. Esse número é o maior registrado desde 2002, quando a inflação dos alimentos registrou aumento de 19,47%.

Vale ressaltar que ainda faltam os dados de dezembro, mas a tendência é que a subida se mantenha. Isso porque os fatores que beneficiam a inflação devem permanecer fortes, como a alta do dólar e a maior demanda por alimentos tanto no mercado externo quanto no interno.

Relação de oferta e demanda

A inflação dos alimentos no Brasil tem sido influenciada pela relação direta entre oferta e demanda das principais commodities agrícolas, como carnes e grãos. Com a alta do dólar e a instabilidade de mercado causada pela pandemia de coronavírus, produtores brasileiros são atraídos para a exportação em busca de melhor retorno para seus investimentos.

Ao mesmo tempo, no mercado nacional, a reabertura de estabelecimentos comerciais e postos de trabalho e o Auxílio Emergencial são fatores que têm contribuído para a recuperação do poder de compra dos consumidores, gerando aumento interno na demanda e impactando os preços e a disponibilidade dos produtos.

Com a segunda onda da pandemia registrada em grande parte dos países, é esperado que essa instabilidade na relação de oferta e demanda permaneça por um tempo. Desse modo, dezembro deve seguir a tendência de altas recordes, principalmente pelo aumento da procura e do consumo de alimentos de fim de ano.

49 alimentos que mais subiram em 2020 até novembro

Confira os 50 alimentos que mais sofreram com a alta da inflação em 2020 até o último registro de novembro.

  1. Óleo de soja (94,1%)
  2. Tomate (76,51%)
  3. Arroz (69,5%)
  4. Feijão-fradinho (59,97%)
  5. Batata-inglesa (55,9%)
  6. Laranja-lima (55,64%)
  7. Pimentão (49,75)
  8. Batata-doce (46,57%)
  9. Morango (42,49%)
  10. Feijão-preto (40,75%)
  11. Tainha (38,77%)
  12. Repolho (36,09%)
  13. Cenoura (34,41%)
  14. Feijão-mulatinho (32,6%)
  15. Fígado (31,07%)
  16. Maçã (30,2%)
  17. Carne de porco (30,05%)
  18. Banana-maçã (28,2%)
  19. Costela (26,4%)
  20. Mandioca (26,25%)
  21. Açaí (25,41%)
  22. Coentro (25,09%)
  23. Leite longa vida (24,97%)
  24. Laranja-baía (24,08%)
  25. Alface (23,38%)
  26. Músculo (22,92%)
  27. Salsicha em conserva (22,45%)
  28. Abobrinha (22,31%)
  29. Peito (22,13%)
  30. Tangerina (22,09%)
  31. Banana d’água (21,59%)
  32. Laranja-pera (21,29%)
  33. Pera (21,1%)
  34. Mamão (20,99%)
  35. Açúcar cristal (20,54%)
  36. Pepino (19,32%)
  37. Peixe pintado (19,29%)
  38. Peixe filhote (18,63%)
  39. Linguiça (17,87%)
  40. Cupim (17,65%)
  41. Manga (17,24%)
  42. Salame (17,02%)
  43. Acém (16,27%)
  44. Leite em pó (15,54%)
  45. Cebola (15,12%)
  46. Brócolis (15,08%)
  47. Limão (14,84%)
  48. Lagarto comum (14,81%)
  49. Peixe corvina (14,31%)

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Fonte: IBGE.

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