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O agronegócio brasileiro conta com mais de 100 novos mercados externos e bateu recorde de exportações neste ano. O comércio de grãos se destacou, com 286 milhões de toneladas destinadas ao exterior, e um exemplo do sucesso é a venda da soja, que cresceu 420% em comparação com 2019.
A abertura dos mercados é resultado do trabalho do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) que tem como objetivo diversificar a pauta exportadora brasileira. O projeto está em andamento desde janeiro de 2019 e a expectativa é, além de expandir o mercado de carnes, abrir espaço para produtos como castanhas, chás, frutas, pescados, lácteos e plantas.
Apenas a Europa ficou de fora da expansão brasileira de fronteiras agropecuárias. Os 100 novos mercados foram abertos em 30 países:
Mais locais parceiros significa mais oportunidades, já que algumas nações negociaram contratos para importar mais de um produto agropecuário brasileiro. Por exemplo, países sul-americanos expandiram bastante o mercado com o Brasil, com destaque para 17 comercializações com a Argentina. Assim, a separação por maior número de negócios fica em 45 na América, 40 na Ásia, 14 na África e apenas 1 na Oceania.
O aumento do mercado também gerou recorde nas exportações brasileiras, como no caso dos grãos, que chegaram a 268 milhões de toneladas comercializadas com outros países. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o número é 4,2% maior do que no último ano.
Toda essa atividade acende um alerta no mercado interno. Segundo a Conab, o estoque de milho, por exemplo, está com apenas 161 mil toneladas, quantidade cinco vezes menor que no mesmo período do ano passado, quando estava com 649 mil toneladas. Porém, o medo não é de desabastecimento.
Sérgio de Zen, diretor-executivo de política agrícola da Conab, defende que as chances de isso acontecer são mínimas. O diretor utiliza a soja para exemplificar os motivos e os acontecimentos do mercado: “Os mesmo canais que importam exportam. A soja é como uma moeda que ora está sendo importada, ora está sendo exportada. Isso é um fluxo natural”.
O risco, portanto, fica na preferência pelo mercado externo, o que acaba aumentando os preços no mercado interno, como aconteceu com o arroz.
Fonte: Gov.br, Visão Agro.