Projeções apontam demandas por novos exportadores de carne; entenda como funciona o processo para se tornar um exportador habilitado
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A cada ano, a participação brasileira no comércio internacional vem crescendo, com destaque para a produção de carne bovina, suína e de frango. Segundo levantamento da Abrafrigo, baseado em dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, os resultados de janeiro apresentam alta de 10% em relação às 123 mil toneladas exportadas em janeiro de 2019. O preço médio da tonelada subiu de US$ 3.710 em janeiro de 2019 para US$ 4.665 no mês passado.
Em setembro de 2019, 25 novos frigoríficos foram habilitados para exportar carnes para a China; destes, 17 são produtores de carne bovina, seis de frango, um de suíno e um de asinino. As empresas foram autorizadas a exportar imediatamente após o comunicado enviado pelo GACC (órgão sanitário chinês) ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Esse aumento de demanda e preço traz oportunidades para produtores nacionais expandirem os negócios vendendo para novos mercados.
O Brasil alcançou novos recordes na exportação de carne bovina para o mercado internacional em 2019, com o apoio do embarque da proteína para o exigente mercado europeu, que possui consumidores com alto poder aquisitivo e com preferência por cortes mais nobres — e, consequentemente, mais caros.
O mercado europeu representa um atestado de qualidade da produção de carne bovina para o mundo inteiro e valoriza a proteína, desde que ela seja produzida com normas pré-estabelecidas; os frigoríficos chegam a pagar até R$ 4 a mais por arroba ao pecuarista.
Os empresários brasileiros do setor agropecuário, a partir da instituição do Sistema Brasileiro de Registro de Bovinos e Bubalinos (SISBOV) em 2002, passaram a conviver com padrões de rastreabilidade e certificação fiscalizados pelo MapaMAPA e certificados de empresas especializadas. Esses são alguns dos esforços buscando assegurar a credibilidade em produtos de qualidade para os consumidores, técnicos e instituições de todo o mundo.
Através de procedimentos-padrão em fabricação, manipulação, higiene e sanitização, bem como da análise dos pontos críticos de perigo, pretende-se ainda assegurar que a carne tenha sido produzida dentro das boas práticas de fabricação e possa receber seu certificado de origem.
Toda e qualquer exportação de animais vivos ou produtos de origem animal é submetida ao cumprimento de requisitos regulamentados pelo Mapa.
1) Requerimento para Fiscalização de Produtos Agropecuários.
2) Certificado Sanitário Nacional (original emitido pelo SIF), para para respaldo da emissão do Certificado Sanitário Internacional pelo SVA/UVAGRO.
3) Registro de Exportação (Extrato do RE).
4) Nota Fiscal.
5) Cópia do Conhecimento ou Manifesto de Carga (após o embarque).
6) Autorização do IBAMA, somente quando se tratar de produto de espécie controlada.
Segundo estimativas de especialistas e órgãos oficiais, o mercado internacional de carne bovina vai continuar atraente para a produção brasileira, principalmente para importadores como China, Hong Kong e demais países asiáticos, além de Chile e Rússia. As projeções indicam demandas de novos produtores certificados para as exportações.
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Fontes: Mapa