Mesmo diante da redução da demanda interna causada pela pandemia, cotações para o boi gordo permanecem altas e em ascensão
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Especialistas do setor agropecuário têm se surpreendido com o desempenho e a valorização do boi gordo mesmo diante do cenário instável causado pela pandemia de covid-19. Diante das medidas de distanciamento necessárias para conter a disseminação do vírus e da queda no poder de compra dos consumidores, o comportamento do mercado se alterou, causando redução na demanda por carne bovina no mercado interno.
Apesar disso, em junho o indicador Cepea/B3 para o boi gordo no Estado de São Paulo, referência para o preço nacional, teve crescimento de 6,6%, alcançando R$ 218,40 por arroba. Nos últimos 12 meses, o preço do boi gordo registrou alta de 43,5%, demonstrando tendência de resistência do setor aos efeitos da pandemia.
No Mato Grosso do Sul, o gado chegou a ser negociado por R$ 220 por arroba. As cotações altas no mercado futuro também têm atraído investidores que acreditam na constância da valorização do boi gordo.
Além de estar na contramão de outros setores da economia, que estão sendo severamente afetados pela pandemia e pela crise econômica, o preço do boi gordo não só está mantendo bons níveis como também pode chegar a bater novos recordes. De acordo com especialistas, o valor atual está com uma diferença de somente R$ 13 em relação ao recorde atual de R$ 231,35 registrado em novembro de 2019.
Considerando que o pico da entressafra acontece em geral entre outubro e novembro, há muito espaço para que esse preço seja ainda mais valorizado e atinja novos patamares históricos. Caso os níveis entre oferta e demanda permaneçam estáveis, os próximos meses provavelmente registrarão novas altas. Isso acontece principalmente pela relação entre a produção nacional e procura do mercado.
Devido à pandemia e à queda na demanda, os produtores de gado de corte reduziram e restringiram a oferta. Com a alta do dólar e a busca dos países estrangeiros por carne de qualidade, os pecuaristas encontram muito mais vantagens em exportar a produção. Sendo assim, atualmente a procura interna segue sendo maior do que a disponibilidade de carne bovina. Essa relação é o principal fator de valorização do preço do boi gordo, o que causa o aumento do preço para os consumidores finais.
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Fonte: Notícias Agrícolas e Pecuária.