Redução no custo de produção de suínos e frangos pode estar relacionada à oscilação no preço de farelos de grãos
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Segundo dados divulgados pela Embrapa Suínos e Aves, junho apresentou a primeira queda no ano para o Índice de Custos de Produção de Suínos (ICPSuíno) e de Frangos (IPCFrango). Os cálculos são realizados pela Central de Inteligência de Aves e Suínos da Embrapa e revelam que a leve redução nos índices quebraram a sequência de altas no setor, constante desde outubro de 2019.
Em junho, o IPCSuíno atingiu a marca de 264,50 pontos, o que representa uma queda de 0,46% em comparação ao mês anterior, que registrou um número recorde de 265,73 pontos. Já em relação ao IPCFrango a redução de maio para junho foi de 0,65%: de 263,77 para 262,06 pontos.
Mesmo diante da queda sutil nos índices, o custo de produção ainda acumula alta de 10,38% para suínos e 12,86% para frangos no ano. Por isso, na prática, o presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio de Lorenzi, ressaltou que o valor resultante dessa baixa não gerou impactos muito significativos para os produtores.
Em Santa Catarina, o custo de produção por quilo vivo de suíno em ciclo completo foi de R$ 4,64, em maio, para R$ 4,62, em junho. Já o preço por quilo de frango de corte vivo no estado do Paraná foi de R$ 3,41, em maio, para R$ 3,39, em junho.
Analisando os resultados divulgados pela Embrapa, é possível associar a redução no custo de produção desses setores à oscilação no preço de farelo de grãos como a soja e o milho, usados na fabricação de ração e na alimentação dos animais. A alimentação animal é responsável pela maior parcela de gasto dos produtores rurais, por isso influencia diretamente a margem de lucro e a rentabilidade da produção na venda final.
Nos últimos 12 meses, a alimentação animal teve alta de 16,65%. Só em 2020, esse aumento foi de 9,60%.
Além disso, os gastos com mão de obra especializada e transporte são fatores de grande peso nos custos totais da produção. Em junho, esses elementos apresentaram índices estáveis em comparação a maio, quando a pandemia gerou maiores impactos na disponibilidade dos prestadores de serviços e no funcionamento do ciclo produtivo em si.
O presidente da ACCS alerta que, mesmo com a redução apresentada e os bons valores de venda para suínos, a alta demanda interna e externa por grãos e carne pode trazer novas variações nos custos para o produtor.
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Fonte: Notícias Agrícolas e Embrapa.