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Tecnologia mede índice de sustentabilidade em propriedades

16 de março de 2020 3 mins. de leitura

Projeto traça indicadores e aponta soluções para fazendas

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A fim de medir os impactos que as propriedades rurais causam no meio ambiente, pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) desenvolveram uma tecnologia que avalia a saúde dos negócios em cinco principais ramos: ambiental, agrícola, econômico, social e governança.

Os indicadores de sustentabilidade podem ser aplicados nas propriedades, no território do entorno ou na comunidade como um todo, e foram estabelecidos por meio de pesquisas em oito oficinas nos seguintes estados: Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia e Roraima.

O trabalho consiste no preenchimento de 38 indicadores, feito pelos produtores rurais analisados. Então, os dados são examinados por programas específicos e disponibilizados aos responsáveis através de um aplicativo. O produtor pode observar todos os aspectos positivos e negativos da fazenda, e os pontos que precisam ser aperfeiçoados.

A participação no projeto é voluntária; o único requisito é que os produtores rurais estejam em busca de escolhas que prezem pela sustentabilidade. A ideia é que o projeto se estenda para outras regiões, inclusive para fora do País, já que seu sistema é flexível.

(Fonte: Freepik)

Em entrevista para o site do Ministério da Agricultura, a pesquisadora da Embrapa Pantanal, Sandra Santos, afirma que o projeto visa expor os pontos críticos para que uma ação seja estimulada em relação à sustentabilidade dos locais.

“Estamos implantando o FPS no Mato Grosso e vamos implantar no Mato Grosso do Sul. Ela faz um diagnóstico da propriedade nos aspectos que compõem a dimensão ambiental, econômica e social; e, a partir disso, vemos onde estão os pontos ruins. Assim, temos como avaliar e definir as boas práticas que serão trabalhadas no local”, disse.

Ainda de acordo com a especialista, o Pantanal é cercado de diversidade, e isso torna o projeto ainda mais estimulante. “No Pantanal, nenhuma propriedade é igual à outra. O bioma tem uma complexidade incrível, é muito diferenciado, porque há áreas que inundam, áreas que não inundam, áreas com mais cerrado, áreas com mais campo limpo, áreas com mais corpos d’água, outras sem etc. Então, é um desafio imenso”, argumentou a pesquisadora.

(Fonte: Freepik)

Liderado pelo Embrapa Territorial e financiado pelo Fundo Amazônia, o projeto de sustentabilidade é destinado à inclusão geodigital e gestão territorial de unidades de produção de base familiar. Ainda, tem como finalidade impulsionar a capacidade produtiva da região do Pantanal, que é mundialmente conhecida pela criação de gado. A expectativa dos idealizados é que os insights colhidos fomentem uma produção mais sustentável que conserve os recursos naturais da região e, ao mesmo tempo, aumente a lucratividade.

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Fonte: Mapa

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