A chuva ácida é um fenômeno que oferece perigos reais aos seres vivos. O termo descreve as precipitações com alto grau de acidez, ou seja, potencial hidrogeniônico (pH) muito baixo. Elas podem prejudicar tanto as pessoas como os ecossistemas, incluindo as plantações.
O termo “chuva ácida” foi criado pelo químico escocês Robert Angus Smith para descrever as precipitações com caráter ácido, incluindo nevoeiro, granizo e neve. Ela acontece quando os óxidos ácidos jogados na atmosfera reagem com a água da chuva, criando um tipo de precipitação que é mais comum em áreas urbanas com muita poluição.
Os elementos químicos mais comuns presentes na chuva ácida são os óxidos de enxofre e de nitrogênio. Quando entram em contato com a água, formam dois compostos bastante nocivos: o ácido sulfúrico e o ácido nítrico.
O fenômeno da chuva ácida é muito perigoso por gerar danos em vários aspectos. Pode, por exemplo, prejudicar o pH dos oceanos, contaminar o solo das florestas e até mesmo danificar a infraestrutura de edifícios. Para os seres humanos, a chuva afeta a saúde por meio do consumo de água contaminada ou pelo agravamento de problemas respiratórios.
Para o agronegócio, a chuva ácida é muito prejudicial porque aumenta o pH do solo, o que leva à perda de nutrientes e de fertilidade. Ainda interfere negativamente na taxa de decomposição dos vegetais, que se torna mais demorada.
A chuva ácida atinge as plantações de forma diferente, de acordo com o tipo de cultura. Ao receber esse tipo de precipitação, a soja, por exemplo, perde a capacidade de fixar dióxido de carbono (CO2), que é importante para o desenvolvimento da planta. De modo geral, essa chuva prejudica a taxa de fotossíntese em todas as plantas.
Outros organismos vivos, como algas, fungos e líquens, também são fortemente afetados pela chuva ácida. Isso pode mexer no equilíbrio do solo, gerando vários outros estragos.
O primeiro ponto para tentar diminuir o problema é ter consciência de que ele é causado pelos seres humanos. Por isso, as ações que buscam a resolução precisam tentar reduzir a emissão dos poluentes na atmosfera.
Essas ações vão muito além da iniciativa individual. É preciso haver a união de empresas e governos para viabilizar práticas que diminuam os poluentes. Entre as resoluções estão a redução das emissões de gases de efeito estufa pela indústria, o tratamento da água usada por fábricas antes de retorná-la para os rios, o fomento ao uso de carros elétricos e o desenvolvimento de energias limpas.
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