O desmatamento no bioma da Amazônia é um problema que preocupa o mundo todo, e não apenas o Brasil. Isso porque ele pode acarretar mudanças profundas nos ecossistemas, como no ciclo hidrológico e na fertilidade dos solos, além de estimular o aumento do efeito estufa.
A Amazônia é o bioma mais devastado do Brasil. Nos últimos anos, houve uma derrubada de árvores duas vezes maior do que o ocorrido no Cerrado, o segundo colocado do ranking. Entre 1990 e 2010, foram 55 milhões de hectares desmatados.
Há várias causas do desmatamento amazônico. Mas a principal delas é a agropecuária feita de maneira ilegal. Em seguida, vem a impunidade nos crimes ambientais, os retrocessos nas políticas para o setor, a extração ilegal de madeira e a grilagem em terras públicas.
O desmatamento da Amazônia provoca várias consequências nocivas. Entre elas, estão as mortes associadas às queimadas, os conflitos por terras, a perda do patrimônio público decorrente da grilagem e, claro, os impactos negativos no clima mundial.
Por ser um problema muito grande, não há uma solução fácil para combater o desmatamento. Contudo, especialistas recomendam algumas práticas mais efetivas. Vejamos quais são.
Boa parte da carne consumida no Brasil vem de áreas desmatadas, pois há pecuaristas que ferem as leis e derrubam florestas para criar animais no local. Para resolver isso, é preciso investir em formas de controle e rastreio da carne comercializada no País.
Estudos mostram que o Brasil pode continuar produzindo carne sem desmatar. Isso demanda práticas que visem maior produtividade na criação de gado, adotando técnicas como rotação de pastagem e a integração com a lavoura e a floresta.
A maior parte do desmatamento da Amazônia ocorre em terras públicas não destinadas, que cobrem um total de 56,5 milhões de hectares. É a chamada grilagem – a apropriação ilegal de terras. Por isso, é preciso que o governo se aproprie dessas terras e crie uma fiscalização eficiente.
A maior parte do desmatamento da Amazônia ocorre em terras públicas não destinadas, que cobrem um total de 56,5 milhões de hectares. É a chamada grilagem – a apropriação ilegal de terras. Por isso, é preciso que o governo se aproprie dessas terras e crie uma fiscalização eficiente.
Para que as práticas ilegais não ocorram, é fundamental que Estados e municípios criem políticas favoráveis para produtores que reduzem o desmatamento. Isso pode ocorrer, por exemplo, por acessos a linhas de crédito a quem cumpre as metas.
Saiba mais sobre desmatamento no blog do Estadão Summit Agro.