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Venda de alimentos online: a tecnologia como solução para a pandemia

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A pandemia de coronavírus e as medidas necessárias de isolamento social têm obrigado diversos setores da economia a transformarem a forma de trabalhar para continuar faturando. Por envolver bens de consumo essencial, o setor do agronegócio está conseguindo se sair melhor do que outros segmentos.

Ainda assim, a agricultura familiar tem sentido o peso das mudanças com a paralisação e o fechamento de restaurantes e feiras. Sem saber para quem vender e com um volume de produtos acima da demanda, a perda de alimentos e os prejuízos financeiros se tornam inevitáveis.

Diante desse cenário, instituições do setor têm buscado na tecnologia a solução para conectar produtores e consumidores, melhorando a comunicação e fortalecendo o mercado interno e a agricultura familiar.

Tecnologia e agronegócio: plataformas de venda de alimentos online

(Fonte: Shutterstock)

Sem poder sair de casa para fazer compras comuns no dia a dia, consumidores estão cada vez mais adeptos às compras online. E se engana quem pensa que essa tendência é só para objetos, roupas e acessórios.

De acordo com um estudo realizado pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), compras de alimentos e bebidas para consumo imediato cresceram 79% durante a pandemia. Mesmo diante da crise, os produtos agropecuários ainda estão sendo bem demandados pelos consumidores.

Se os agricultores estão produzindo e o mercado está pronto para consumir, a solução seria melhorar essa conexão entre quem vende e quem compra, e para isso estão surgindo as plataformas de venda de alimentos online. Além de comercializar diretamente para clientes finais, agricultores podem negociar com empresas e restaurantes que precisam dos alimentos como matéria-prima, solucionando os problemas de escoamento e distribuição.

Alguns exemplos de plataformas que já estão ativas e ajudando os agricultores são:

Lançada pelo Sistema CNA, a plataforma de comércio eletrônico Mercado CNA foi desenvolvida com o objetivo de sanar problemas de escoamento durante o período de isolamento social. O serviço conecta produtores rurais, consumidores e transportadores por meio de um cadastro.

De acordo com o coordenador de projetos da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) Wilson Brandão, o funcionamento da ferramenta é bem simples: “A negociação é iniciada por meio de um pedido de cotação que chega ao vendedor em mensagem de texto, WhatsApp e e-mail, acelerando o contato entre o vendedor e comprador”.

Criada pelo governo do Estado do Mato Grosso do Sul, a Manucã busca amenizar os impactos da pandemia na vida dos agricultores familiares. Para aproveitar os benefícios da ferramenta, basta se cadastrar pelo site gratuitamente como produtor ou comprador, e seguir as negociações dentro da plataforma.

Para melhorar o contato entre produtores e consumidores, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF) lançou a Põe na Cesta, que atende a produtores assistidos pela empresa. Podem se cadastrar agroindústrias, produtores de hortaliças, pecuaristas e artesãos rurais, e os compradores conseguem filtrar os produtos por categoria, variedade, entre outras características.

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Fonte: Agrolink, Diário Digital e Agência Brasil.

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