O impacto da tecnologia na cadeia produtiva do agronegócio

16 de março de 2020 3 mins. de leitura
AgTechs devem mudar a forma como a produção agrícola brasileira é operacionalizada e comercializada

Segundo relatório da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) o futuro da agricultura será marcado por um grande aumento no consumo de alimentos e um acréscimo na busca por formas mais sustentáveis de produção devido às mudanças climáticas e à limitação dos recursos naturais. Assim, as novas tecnologias parecem ser o caminho mais viável para equilibrar todos esses aspectos.

Nesse contexto, softwares que ajudem o produtor a melhorar a gestão da fazenda, impactando na sua produtividade, e rastrear os produtos que comercializam vêm ganhando espaço nessa discussão.

AgTechs no Brasil

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(Fonte: Freepik)

A pesquisa Radar AgTech Brasil 2019: Mapeamento das Startups do Setor Agro Brasileiro, realizada pela SP Ventures, pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e pela Homo Ludens Research and Consulting, desvendou o cenário da tecnologia agrícola no Brasil. No ano passado, existiam 1.125 startups voltadas para a agricultura, as quais o relatório dividiu em três categorias: antes da fazenda (196), dentro da fazenda (397) e depois da fazenda (532).

De acordo com o estudo, das AgTechs que atuam antes da fazenda, a maior parte trabalha no desenvolvimento de fertilizantes, inoculantes, nutrientes e melhoramento genético de plantas (cerca de 80 empresas). Entre as que têm como foco o processo dentro da fazenda, 122 produzem softwares para gestão agropecuária. Por fim, entre as que têm trabalham na parte final da cadeia produtiva, 246 olham para as tendências alimentares.

Destaque para as últimas etapas do processo produtivo

O relatório evidencia que as empresas ligadas ao agronegócio estão cada vez mais preocupadas com a última parte da cadeia produtiva, ou seja, com os produtos depois que saem da fazenda. Nesse sentido, um dos campos que vem ganhando força é o do rastreamento de alimentos. Exigências internacionais e do mercado brasileiro têm feito os produtores explicitarem todo o processo de produção dos alimentos que chegam ao mercado.

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(Fonte: Freepik)

Segundo uma das empresas que atuam no setor, a PariPassu, o grande benefício da rastreabilidade é oferecer mais transparência, visibilidade e confiabilidade. Para a startup, isso “aproxima o produtor, que muitas vezes está escondido e é desvalorizado perante o consumidor. Frequentemente consumimos frutas, legumes, verduras e proteínas de origem animal e nem imaginamos toda a estrutura que suporta o produto e o esforço para produzir e transportar do campo até a nossa mesa alimentos saudáveis, de qualidade e com frescor”.

Antes ou depois da colheita, as AgTechs ajudam a revolucionar a forma de nos relacionarmos com os alimentos que chegam a nós.

Fontes: Paripasso.

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