Quer impulsionar seus negócios? Se inscreva no Summit Agronegócio, evento que reúne os maiores especialistas em agro do País.
***
Por conta da pandemia, a demanda de etanol no Brasil teve recuo de 15,71% durante o primeiro semestre de 2020, de acordo com a Agência Nacional de Petróleo (ANP). Com isso, as usinas de cana-de-açúcar preferiram produzir açúcar, segundo a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Única) a fabricar combustível. Essa diminuição deu lugar para o crescimento na utilização de milho para gerar etanol.
Somente no Mato Grosso, foram fabricados quase 100 milhões de litros desde abril. A produção representa elevação de 79,04% ante o volume apontado em 2019, de acordo com o relatório do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea). O MT vai colher uma safra total de 34,23 milhões de toneladas de milho, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), volume que representa aumento de 2% em relação à safra anterior. A área plantada está em 5,4 milhões de hectares, um crescimento de 11,2%, e o estado espera produzir 2 bilhões de litros de combustível em 2020.
Produção de etanol a partir do milho
A produção de etanol de milho pode ser feita por meio de fermentação, destilação e tratamento químico do grão. No processo, os açúcares são transformados em álcool e podem gerar subprodutos como canjica, pipoca expandida e óleo de milho bruto.
Acontece assim: uma levedura na mistura de açúcar inicia a fermentação; os açúcares são quebrados em etanol e em dióxido de carbono, e a mistura fermentada é destilada, separando o etanol dos demais sólidos e da água. No fim da fabricação, o custo de produção do etanol de milho fica em US$ 0,45 por litro, 18% menor do que o da gasolina.
A Agência de Proteção Ambiental, a Secretaria de Agricultura e a Secretaria de Energia dos Estados Unidos afirmam que o etanol de milho reduz em 16% as emissões de poluentes quando comparado à gasolina.
Desvantagens com relação à cana-de-açúcar
O combustível produzido a partir da cana-de-açúcar é mais sustentável e barato. A fabricação do etanol de cana reduz em 44% a emissão de poluentes com relação à da gasolina, e seu custo é de US$ 0,28 por litro, 48% menor que o do milho.
Além disso, a produção do álcool de milho libera uma quantidade maior de dióxido de carbono, um dos gases responsáveis pelo efeito estufa. O cultivo do grão requer, ainda, o uso de insumos como fertilizantes à base de nitrogênio, fabricados com gás natural, e o emprego de maquinário agrícola movido a óleo diesel.
Quer saber mais sobre a produção de etanol? Inscreva-se no Summit Agro, evento com os maiores especialistas em agronegócio do País.
Fonte: Agrolink.