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Nessa quinta-feira (22), 40 líderes mundiais se reuniram em videoconferência para a Cúpula do Clima, evento organizado pelo governo dos Estados Unidos para discutir medidas contra as mudanças climáticas no planeta. O anfitrião do evento e presidente norte-americano, Joe Biden, iniciou seu discurso prometendo redução de 50% na emissão de gases do efeito estufa no país até 2030. Além disso, reforçou que as estratégias adotadas nos próximos anos serão decisivas para o destino do clima e do meio ambiente.
Bolsonaro na Cúpula do Clima
Biden precisou se ausentar da reunião e não voltou a tempo de ouvir a fala do presidente do Brasil. Ainda assim, Jair Bolsonaro destacou que deseja colaborar com as estratégias dos EUA e prometeu neutralidade climática no Brasil até 2050, 10 anos mais cedo do que o que foi sinalizado anteriormente.
“Coincidimos, senhor presidente [Joe Biden], com o seu chamado ao estabelecimento de compromissos ambiciosos. Nesse sentido, determinei que nossa neutralidade climática seja alcançada até 2050. Antecipando em 10 anos a sinalização anterior. Entre as medidas necessárias para tanto, destaco aqui o compromisso de eliminar o desmatamento ilegal até 2030, com a plena e pronta aplicação do nosso Código Florestal. Com isso, reduziremos em quase 50% nossas emissões até essa data”, afirmou.
Bolsonaro se comprometeu a duplicar os recursos para a fiscalização ambiental e fez um apelo financeiro para os líderes internacionais: “Historicamente, o Brasil foi voz ativa na construção da agenda ambiental global. Renovo, hoje, essa credencial, respaldada tanto por nossas conquistas até aqui quanto pelos compromissos que estamos prontos a assumir perante as gerações futuras. Como detentor da maior biodiversidade do planeta e potência agroambiental, o Brasil está na vanguarda do enfrentamento ao aquecimento global. Ao discutirmos mudança do clima, não podemos esquecer a causa maior do problema: a queima de combustíveis fósseis ao longo dos últimos dois séculos”.
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Demais líderes demonstram cooperativismo na busca de metas climáticas
A abertura da Cúpula do Clima coordenada por Biden foi feita pela vice-presidente dos EUA, Kamala Harris. De acordo com ela, o desenvolvimento econômico e a sustentabilidade são pilares que podem e devem estar em conjunto. Harris e Biden reforçaram que a adoção de políticas e medidas estratégicas para o uso de energias renováveis pode colaborar na geração de empregos.
A promessa do governo dos Estados Unidos é reduzir em 50% a emissão de gases do efeito estufa em comparação aos índices de 2005, selando esse compromisso até 2030. As principais medidas relacionadas têm como objetivo remanejar as matrizes energéticas para fontes renováveis e limpas. Biden ainda afirmou que a estratégia adotada “coloca o país em um projeto de zero emissão até 2050”.
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, ressaltou que o mundo precisa reduzir os níveis de emissão de gás carbônico e voltar a registrar os índices de 2005 para evitar catástrofes. “Nós precisamos de um planeta verde, mas estamos em alerta vermelho, à beira do abismo. Precisamos agir”, destacou.
Guterres listou medidas socioeconômicas que devem ser adotadas pelos líderes mundiais para que esse objetivo seja possível, como frear o financiamento de indústrias produtoras de carvão e direcionar os investimentos para infraestrutura verde.
O presidente da China – país que mais gera poluição atualmente –, Xi Jinping, afirmou que “a China está ansiosa para trabalhar com os Estados Unidos para melhorar a governança global. Nós lutamos por uma sociedade mais equilibrada e priorizamos o meio ambiente, queremos atingir nossas metas climáticas antes de 2030 e a neutralidade na emissão de carbono antes de 2060. Queremos sair do pico do carbono para carbono zero em tempo mais curto que outros países desenvolvidos”. Como uma das medidas, o líder chinês planeja restringir contratos comerciais com países que não estiverem cumprindo as metas climáticas.
Líderes da França, da Rússia, do Reino Unido, da Argentina, da Alemanha, do Japão, da Índia, do Canadá e da Comissão Europeia também discursaram no evento. Todos concordaram que as ações devem começar imediatamente, pois essa será a “década decisiva” para que seja possível reverter grandes impactos e alcançar a subsistência.
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Fonte: Amazonas Atual.