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Sanidade animal: aumenta o cuidado sanitário na criação de suínos

Quer impulsionar seus negócios? Se inscreva no Summit Agronegócio, evento que reúne os maiores especialistas em agro do País. *** A peste suína africana (PSA) é uma doença grave que atinge porcos e está presente em diversos continentes, em especial na Ásia, na Europa e na África. Por conta do risco de se tornar uma pandemia, países e entidades internacionais têm intensificado os esforços para combater a doença e garantir a sanidade dos animais, evitando uma crise sanitária e econômica. A infecção é provocada por um vírus da família Asfarviridae, que não é transmitida ao ser humano, mas causa sérios problemas aos suínos, sendo na maioria das vezes fatal; como não há vacina nem tratamento para a doença, os criadores acabam tendo que sacrificar os animais infectados. A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) informou no ano passado que, só nos países asiáticos, quase 6,2 milhões de suínos foram eliminados para evitar que a peste se alastrasse.

Potencial crise

Rápida transmissão da peste suína africana pode comprometer toda a criação. (Fonte: Shutterstock)
De acordo com a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), mais de 60% dos suínos domésticos do planeta estão na China, que é o maior produtor e consumidor da mercadoria. A entidade aponta que o gigante asiático já teve quase 400 mil suínos mortos por causa da doença, por isso a alarmante contaminação dos animais no país causa preocupação aos governos, já que o surto afeta a dinâmica do mercado global de carnes e pode atingir até mesmo locais que estão livres da enfermidade. De acordo com a Embrapa Suínos e Aves, caso a PSA chegasse aos Estados Unidos, o prejuízo poderia ser de aproximadamente US$ 16,5 bilhões somente no primeiro ano da doença no país. No Brasil, o impacto seria perto de US$ 5,5 bilhões. A falta de carne de porco poderia abrir espaço para o consumo de outras proteínas, porém a demanda seria muito grande para a capacidade de produção do mercado global. Caso a doença se torne pandêmica, pode haver déficit na alimentação da população, o que resultaria em um problema de saúde generalizado.

Como controlar

A PSA pode ser transmitida através do contato com infectados, pela ingestão de alimentos de origem suína contaminados ou pelo uso de equipamentos ou ambientes que tenham a presença do patógeno. Por isso, é preciso adotar sistemas de controle eficazes, para impedir que os animais entrem em contato com o vírus, suprimindo qualquer potencial vetor. Nesse sentido, adotar medidas de higiene do ambiente e dos trabalhadores é essencial.
Controlar o ambiente é essencial para garantir a sanidade animal. (Fonte: Shutterstock)
É importante realizar testes para identificar precocemente a doença, impedindo que o vírus se alastre. Caso seja detectado algum caso, é obrigatória a notificação ao órgão responsável no local. Garantir que a criação não seja alimentada com restos de comida ou produtos potencialmente transmissores (crus ou mal cozidos de origem suína) é essencial para o combate à doença. Para evitar a entrada do vírus no País, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) criou, em novembro de 2019, a Comissão PSA, que tem a responsabilidade de definir os mecanismos necessários para garantir que a doença passe longe do Brasil. Quer ficar por dentro das novidades sobre saúde no agronegócio? O Summit Agronegócio reúne especialistas e autoridades para discutir os temas mais relevantes do setor, como vacinação, H5n8, sanidade animal e melhor manejo para um rebanho saudável. Faça parte da evolução do agro e participe do evento mais completo do setor. Para saber mais, é só clicar aqui! Fonte: Embrapa, Organização Mundial da Saúde Animal, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Summit Agro e Estadão.

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